em

Calçadas de petit-pavé caminham para extinção em Ponta Grossa

A Secretaria Municipal de Serviços Públicos tem um desafio pela frente: manter a configuração original das antigas calçadas em petit-pavé, registro histórico em algumas das vias mais importantes de Ponta Grossa. Para o secretário Márcio Ferreira, uma das principais dificuldades é o próprio material.

“A prefeitura não está adquirindo novas pedras para calçadas em petit-pavé. Por isso, todas as pedras desse tipo que, eventualmente, retiramos de algum lugar, nós lavamos e reutilizamos. Desde que estou na secretaria, não vi a prefeitura comprar material para essa finalidade”, diz Ferreira, à frente da SMSP desde 2017.

Com isso, calçadas de aspecto tradicional, como nas praças Marechal Floriano Peixoto, Barão do Rio Branco, Barão de Guaraúna ou em vias como XV de Novembro e Engenheiro Schamber são o retrato de uma época em que o petit-pavé era primeira opção. Hoje, os pavers, por serem mais baratos, fáceis de instalar e mais seguros para os pedestres, são a preferência nas novas calçadas.

Se de um lado está a preservação, de outro está o aspecto prático das calçadas. Em sua página na internet, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Paraná (CAU-PR) lembra que o uso do petit-pavé é, atualmente, contraindicado para passeios por causa do prejuízo à acessibilidade de deficientes físicos e por ser escorregadia, o que já motivou ações do Ministério Público para mudar projetos em Curitiba, inclusive.

 

De Lisboa

No Brasil, a calçada em mosaico petit-pavé (algo como “pequeno calça”, em francês), feita em calcário e basalto, chegou trazida de Portugal no início do século XX. Em Ponta Grossa, ganhou desenhos típicos da região, como araucárias e pinhões.

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.