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Calor prejudica plantações de soja na região

Os produtores da região de Ponta Grossa e Campos Gerais estão preocupados com as altas temperaturas e a falta de chuva das últimas semanas. As plantações de soja já começaram a ser prejudicadas e os produtores já calculam os prejuízos.

O produtor Gustavo Ribas Netto conta que algumas áreas já começaram a ser replantadas para tentar evitar mais danos. “Eu estou replantando 40 hectares de soja para tentar amenizar a perda da plantação. Temos até 31 de dezembro para tentar reverter a situação e torcer para que chova em grande volume”, explica. Ribas acredita que as outras safras, como a de milho e feijão, também serão prejudicadas por conta do calor. “A água é o maior insumo na agricultura e quando ela falta ou vem em menor quantidade acaba afetando todo o sistema de produção. Os milhos e os feijões já estão em menor desenvolvimento e isso prejudica depois para atender a demanda e o preço de revenda”, revela.

O economista do Departamento de Economia Rural (Deral), Luiz Alberto Vantroba, explica que inicialmente em torno de 10% das plantações de soja podem ser prejudicadas com a falta de chuva. “Essa estimativa é inicial, mas vamos fazer uma reavaliação completa no mês de janeiro para avaliar o quanto de prejuízos os produtores tiveram e isso irá refletir diretamente nos produtos que são vendidos para os consumidores”, ressalta.

A estimativa é que até final de dezembro sejam plantados 575 mil hectares de soja em todo o Paraná. Cada hectare pode render até 3,7 mil quilos do produto, que deve resultar em 2,1 milhões de grãos de soja para serem vendidos.  “O plantio iniciou em setembro e a colheita ocorre em março. Mesmo que nos próximos dias chova, ainda vamos precisar de muita água para compensar essas últimas semanas de calor”, explica Vantroba. O preço de comercialização para o produtor fica em torno R$ 71,00 a saca de 60kg, um crescimento de 20% em comparação com o ano passado.

Safras

A estimativa de produção da safra de grãos do Paraná se mantém superior à do ano passado em aproximadamente 4% e pode alcançar 23,3 milhões de toneladas. As outras safras também serão reavaliadas em janeiro para atualizar a estimativa de produção.

O relatório inicial aponta que o milho está com 350 mil hectares plantados e poderá ser colhido até 3,2 milhões de toneladas do grão, 10% a mais do que na safra anterior. A saca de 60 kg é comercializada a R$ 28,00, um ganho de 38% em relação ao ano passado.

Já o feijão teve 167 mil hectares plantados e uma estimativa de produção de 327 mil toneladas. Os preços estão estabilizados, mas a expectativa é de que fiquem mais aquecidos até o mês de janeiro, com a baixa disponibilidade do produto. A saca de 60 kg de feijão cor está sendo comercializada por aproximadamente R$ 100 e o feijão preto a R$ 120.

A estimativa é que sejam plantados 575 mil hectares de soja em todo o Paraná (foto: divulgação)

 

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