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Candidatos listam desafios da saúde em Ponta Grossa

Candidatos listam propostas para a saúde no município e apontam o que podem fazer para melhorar o atendimento à população

 

Segunda maior fatia do orçamento do município e alvo de constantes queixas da população, a área da saúde é um dos principais desafios de quem estiver à frente da Prefeitura de Ponta Grossa a partir dos próximos quatro anos.

O tema também é quase certo em nos discursos dos candidatos à eleição deste ano, e consultados pelo Diário dos Campos, os concorrentes apontam as principais propostas que fariam, em caso fossem eleitos.

Além de listar as principais ideias para a saúde pública no município, todos os concorrentes foram desafiados a responder que solução trariam para dois temas que são recorrentes nas reclamações dos usuários do sistema público de saúde: a falta de médicos e a estrutura dos hospitais Municipal e da Criança.

Reabertura dos Centros de Atenção à Saúde (CAS), fim da terceirização dos médicos, retomada das UTIs no Hospital da Criança, são algumas das propostas apontadas. Criação de novos projetos, como clínica oftalmológica, Programa de Telemedicina, centro de reabilitação, são outras ideias levantadas por alguns candidatos.

Principais propostas para saúde em Ponta Grossa:
Aliel Machado (Rede)

– Organização do sistema de informática, que hoje não permite um acompanhamento por parte do gestor.

– Reabertura dos CAS como Centros Regionais de Especialidades, com as especialidades mais requisitadas.

– Os Centros Regionais funcionarão também como Unidades Básicas de Saúde para atendimento à população.

– Contraturno nas UBS, das 16 às 22 horas, para o trabalhador, que não consegue ir ao médico em outro horário.

– Criação de uma clínica oftalmológica para eliminar as filas de pacientes que aguardam tratamento.

 

 

Julio Küller (PMB)

– Voltar com os CAS e ampliar sua prestação de serviços. O CAS central será transformado em CAS infantil.

– Resgatar a UPA do Jardim Carvalho, para atender as demandas da comunidade de Ponta Grossa.

– Transformar o Hospital da Criança em Pronto Atendimento Infantil com atendimento de pediatra 24 horas.

– Criar e equipar ao lado do Ginásio da Pessoas com Deficiência um Centro de Reabilitação com atendimento especializado e equipamentos de ponta.

– Junto à saúde escolar, oferecer tratamento com psicólogo, nutricionista, endocrinologista, personal trainner para pacientes com obesidade mórbida.

Leandro Soares Machado (PPL)

– Verificar a capacidade financeira do município para possibilitar ampliação na área.

– Restabelecer o pleno funcionamento do Hospital da Criança e ampliar a capacidade de atendimento do Hospital Municipal.

– Reestudar a terceirização para que, preferencialmente, médico sejam contratados por concurso, revendo o atrativo financeiro para a classe.

– Fortalecimento e reestruturação de condições físicas do Conselho Municipal de Saúde (CMS) para aperfeiçoar a fiscalização e controle.

– Criação e estruturação dos conselhos locais de saúde (conselhos de saúde nos bairros).

Marcelo Rangel (PPS)

-Alcançar 100% a cobertura do programa Saúde da Família, que afirma ter alavancado de 43% para 85% da população.

– Abertura do segundo PAI, junto ao Hospital da Criança, funcionando 24/7 (24h por dia, 7 dias por semana)

– Implantar a Escola Municipal de Saúde Pública, para garantir educação e qualificação permanente dos servidores da área;

– Implementar o Programa de Telemedicina, nos pontos de atenção, buscando agilizar atendimentos, permitindo pronta avaliação de exames e procedimentos adequados no próprio local.

– Implantar o Cartão Cidadão, que permitirá acesso ao prontuário eletrônico dos usuários atendidos no Sistema Único de Saúde (SUS), no âmbito da Secretaria Municipal de Saúde.

Professor Gadini (PSOL)

– Auditar todos os contratos com serviços terceirizados de saúde das últimas gestões para avaliar as reais condições de fiscalização E, gradualmente, acabar com a terceirização.

– Definir, em diálogo com profissionais do quadro de carreira, um plano de recomposição de recursos humanos na área de saúde, através de um cronograma de concurso público e contratação.

– Criação de centros de parto normal dirigidos por enfermeiras obstétricas, em articulação com práticas de pré-natal, parto e pós-parto que visem a redução dos índices de mortalidade materna e infantil, redução de cesarianas e de casos de violência obstétrica.

– Garantir local adequado e preferencialmente próprio para funcionamento dos CAPS.

– Fiscalizar e garantir a transparência para situações em que há fila de pacientes aguardando consulta, exame e cirurgias.

Qual a solução para a falta de médicos e problemas de estrutura dos hospitais do município?

Aliel Machado (Rede)

“A área da Saúde é uma das mais afetadas pela falta de planejamento. Nossa coligação tem como proposta a readequação do Hospital Municipal, onde a prioridade no atendimento deve ser de urgência e emergência. Na mesma situação, o Hospital da Criança cumpre hoje a função de uma UPA, com 400 a 500 consultas diárias. De 30 leitos cadastrados apenas dez são utilizados. A nossa proposta é repassar a gestão ao Estado, e em parceria com o curso de Medicina da UEPG, implantar no local um hospital materno-infantil”.

Julio Küller (PMB)

“De imediato vou realizar o Mutirão da Saúde nas áreas de Oftalmologia, Ortopedia e Ginecologia junto aos hospitais da cidade. Assim, quem está na fila há anos será atendido rapidamente, até a contratação de novos médicos. O que falta para o Hospital Municipal e Hospital da Criança é administração correta. Com recursos do governo estadual e federal vamos realizar as adequações necessárias e transformar o Hospital da Criança em um Pronto Atendimento Infantil, com atendimento de pediatras 24h”.

Leandro Soares Machado (PPL)

“Procuraremos eliminar as causas para que tenhamos a condição de ampliar o número de médicos e demais profissionais, melhorando também a estrutura e a gestão propriamente dita. Propomos a reconstrução do Pronto Socorro Municipal; manutenção constante dos equipamentos existentes; aperfeiçoamento constante dos servidores; compatibilizar a estrutura visando a demanda; extinção da queda do estoque de medicamentos e de outros insumos; desburocratização e municipalização da central de leitos hospitalares”.

Marcelo Rangel (PPS)

“A questão ‘falta de médicos’ é um consenso falso: nunca a cidade teve tantos médicos públicos por habitante como agora. A cada ano são feitas mais de 440 mil consultas. E, embora o Hospital Municipal ainda demande melhorias consideráveis, temos resultados expressivos: a cada mês, 10 mil atendimentos são ali feitos. Para o Hospital da Criança, os investimentos previstos incluem as adequações necessárias para seu funcionamento como o segundo Pronto-Atendimento Infantil (PAI) da cidade.”

Professor Gadini (PSOL)

“A CEI da Saúde confirmou que Hospital Municipal e Hospital da Criança registram falta de estrutura, ausência de pessoal, sucateamento de equipamentos e precarização das condições de trabalho. Além disso, o Hospital da Criança registrou fechamento das UTIs, refeitório e laboratório. A Unidade Popular vai assegurar condições de trabalho aos servidores, bem como a defesa e ampliação do Programa Mais Médicos. Recuperar a real função do Hospital da Criança, com atendimento 24 horas, abertura e ampliação de UTIs pediátricas”.

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