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Cenário continua incerto após cinco dias de protesto

A mobilização dos caminhoneiros que iniciou na segunda-feira (21) em todo o país continuou, mesmo após o anúncio do governo federal, na noite de quinta-feira (24), dando conta de que a maioria das entidades representativas aceitou a suspensão das paralisações por 15 dias. Diante disso, na tarde de ontem, o presidente da república Michel Temer autorizou o uso de forças federais de segurança para liberar as rodovias bloqueadas pelos caminhoneiros caso as estradas não sejam desbloqueadas pelo movimento.

No final do dia, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), que se posicionou contrária ao acordo nacional, emitiu uma nota indo ao encontro da ordem federal. “Após o pronunciamento do presidente da República, Michel Temer, no início da tarde desta sexta-feira, 25, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros – Abcam, preocupada com a segurança dos caminhoneiros envolvidos, vem publicamente pedir que retirem as interdições nas rodovias, mas, mantendo as manifestações de forma pacífica, sem obstrução das vias”, disse. A orientação é direcionada a todo o país.

No Paraná, praticamente não houve obstruções nas rodovias, mas os pontos de protesto aumentaram. Eram 71 locais em rodovias federais às 18 horas de quinta-feira. No final da tarde de sexta eram 84 acampamentos.

Em Ponta Grossa, nenhum posto tinha combustível para venda. Os supermercados viram desaparecer vários itens, principalmente os perecíveis. O setor de hortifruti foi o que mais rápido se esvaziou. Ovo, por exemplo, é um produto raro na cidade, reflexo do que ocorre no país inteiro.

 

Sindicato PRF

Ao mesmo tempo, o movimento ganhou o apoio de entidades diretamente afetadas pelo desabastecimento. A Associação Paranaense de Supermercados (Apras) informou que “a entidade apoia a greve, mas sente que há enorme urgência por parte do governo em resolver essa situação”.

O Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais no Estado do Paraná (Sinprf/PR) expressou, em nota, o apoio ao movimento contra aquilo que o Sindicato chama de “sucessivos e abusivos aumentos de preço dos combustíveis”. A entidade aponta a má gestão pública como causa e motivação do movimento.

 

Avanços

Uma entrevista coletiva realizada no início da noite de sexta traçou uma perspectiva geral do movimento no país. Segundo o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, houve importantes avanços na negociação, e o número de bloqueios reduziu em números totais no Brasil, caindo dos mais de 900 para 542 manifestações.

Uma escolta da PRF garantiu que, no final da tarde, uma nova carga de combustível chegasse ao parque de máquinas da Prefeitura de Ponta Grossa. O material será direcionado, principalmente para ambulâncias do Samu.

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