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Cerca de 30 mil pequenas empresas de PG podem solicitar linhas de crédito especiais

Em Ponta Grossa, 96% de todas as empresas são de pequeno porte – modalidade que é apontada como a que mais deve sofrer com a crise econômica gerada pela pandemia do novo coronavírus, já que, diferentemente de negócios maiores, não possui grandes quantidades de capital de giro, por exemplo. Como esta é uma realidade em nível nacional, as três esferas governamentais – municipal, estadual e federal – lançaram programas de apoio que oferecem linhas de crédito para micro e pequenas empresas com condições especiais.

Segundo a coordenadora da Sala do Empreendedor de Ponta Grossa, Tônia Mansani, na cidade mais de trinta mil empresas se enquadram nos requisitos para integrar os programas. “Desde o começo do mês, já realizamos 610 atendimentos relacionados à informações sobre a obtenção de crédito”, conta ela, lembrando que como todas as operações são feitas por instituições financeiras seguem normas como não aceitar empresas endividadas, por exemplo.

Linha municipal

Na esfera municipal, a Prefeitura anunciou, na semana passada, que viabilizou um crédito de R$ 4 milhões para os empresários locais através de um fundo de aval, atuando como avalista junto à Sociedade Garantidora de Crédito do Centro Sul do Paraná (SGC). O recurso individual é de até R$ 20 mil, tendo o valor liberado de acordo com a análise de faturamento e comprometimento da solicitante. O público-alvo são micro e pequenas empresas que possuam mais de 6 meses de atividade. A taxa de juros é aplicada conforme a operação e o pagamento pode ser feito de 36 a 48 meses, com carência de 2 a 12 meses. A solicitação pode ser feita junto ao Sicredi, Sicoob ou Credisol, e mais informações podem ser conseguidas com a Sala do Empreendedor.

Linhas estaduais

O Governo Estadual lançou um pacote de linhas de crédito que incluem opções para desde as micro até as grandes empresas. Os negócios de pequeno porte podem ser atendidos pela Fomento Paraná, que tem a expectativa de liberar até R$ 480 milhões; para se ter ideia, em uma semana mais de 10 mil solicitações foram registradas, sendo que durante todo o ano de 2019,quando a instituição bateu o recorde em contratações de microcrédito, foram beneficiados 5.361 empreendimentos. Os recursos estão divididos em quatro grandes linhas principais e objetivam atingir pelo menos 40 mil empresas.

Linhas federais

O Senado aprovou nesta semana o Projeto de Lei (PL) 1.282/2020, que pretende socorrer as microempresas durante o período de duração da pandemia do novo coronavírus; agora, a proposta segue para discissão no Congresso Nacional. O projeto autoriza a concessão de crédito para microempreendedores individuais (MEI) e microempresas com risco assumido pelo Tesouro Nacional, sugerindo a disponibilização de um valor de R$ 10,9 bilhões, com as operações de crédito podendo ser formalizadas até o final de julho. O crédito deve ser destinado às microempresas, que têm faturamento bruto anual de até R$ 360.000, com juros de 3,75% ao ano, prazo de 36 meses para o pagamento e carência de seis meses para início do pagamento. Banco do Brasil, Caixa Econômica, bancos cooperativos e cooperativas de crédito poderão participar do programa.

Há também o auxílio de R$ 600 que será liberado tanto a autônomos e informais, quanto a microempreendedores individuais que tenham uma renda familiar mensal de até três salários mínimos (R$ 3.135) ou meio salário mínimo por pessoa (R$ 522,50). Para solicitar o benefício o MEI deve se cadastrar no site ou app da Caixa chamado “Auxílio Emergencial”.

 

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