O dia 18 de fevereiro se convencionou como Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo. Neste ano, com a frase: “alcoolismo: vire o jogo”, e tendo um copo com a boca para baixo como símbolo, a Pastoral da Sobriedade, órgão vinculado à Diocese de Ponta Grossa, busca sensibilizar a população para o problema real que é a presença do álcool no dia a dia.
Mas o coordenador da pastoral, Claudimar Barbosa, reconhece que a tarefa não é fácil. Segundo ele, que também é membro do Conselho Municipal de Políticas Públicas Sobre Drogas (Comad), a maioria das ações de entidades filantrópicas e as realizadas pelo poder público tem como foco a correção do problema. Mas não há programas significativos na prevenção.
“Ponta Grossa possui cinco comunidades terapêuticas, além do Caps AD e dos grupos de apoio Amor Exigente, Alcoólicos Anônimos e Pastoral da Sobriedade. Mas são esforços por fazer a pessoa vencer o vício. Ao mesmo tempo, os filmes, as novelas e os comerciais, continuam incentivando o uso da bebida alcoólica, uma droga socialmente aceita”, comenta Barbosa.
Ele destaca que as estatísticas não são suficientes para quantificar as consequências do álcool na sociedade. “A OMS estimou, em 2016, que 3 milhões de pessoas morriam com doenças devido ao uso de bebidas alcoólicas. Mas já é uma estatística antiga, e que desconsidera os que morrem em acidentes de trânsito, ou vítimas da violência originada no alcoolismo”, lembra.
Barbosa também aponta que o álcool é, comprovadamente, o estopim para o uso de outras drogas, aí sim, ilícitas. “É hora de uma campanha e leis mais rigorosas, como a que fez o uso do cigarro reduzir nos últimos 20 anos”, dispara.
Campanha
Ontem a Fundação Municipal de Saúde (FMS), através do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Droga (Caps AD), realizou uma série de atividade ligadas ao alcoolismo. “Hoje, cerca de 15% da população brasileira é dependente de álcool, a maioria jovens entre 18 e 29 anos, um número elevado e preocupante”, destaca o secretário adjunto da Fundação Municipal de Saúde, Dr. Rodrigo Manjabosco.
Abordagens
Pela manhã as ações foram voltadas a abordagem da população que passava em frente à sede do Caps AD, em Uvaranas, e também a montagem de grupos ligados a educação em saúde, com informações sobre a doença e alternativas de tratamento. Atualmente, cerca de 300 pacientes estão em acompanhamento pelo Caps AD.
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