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Com duas empresas especializadas, Curitiba cresce no mercado das criptomoedas

Em 2017, a palavra “Bitcoin” foi a segunda mais pesquisada em todo mundo na aba de notícias do Google. Essa criptomoeda é a mais conhecida do mundo e sua popularidade mostra como as moedas digitais estão em ascensão. No Brasil, isso não é diferente e Curitiba está se tornando um importante polo dessa tecnologia.

Curitiba tem duas empresas que são importantes nesse segmento: a Wuzu e o Bitcoin Banco. A mais recente, Wuzu, está sediada na capital paranaense e iniciou suas operações no primeiro trimestre deste ano.

Empresa inovadora no mercado do sul do país, a Wuzu é chamada de “bolsa de criptomoedas” e opera por meio de uma tecnologia de última geração que une o sistema financeiro tradicional com a modernidade das criptomoedas. Eles não atendem clientes finais (apenas bancos e corretores) e trabalham com as quatro principais moedas virtuais: Bitcoin, Litecoin, Bitcoin Cash e Ethereum.

A proposta é explorar o rápido crescimento das moedas digitais e aproveitar o grande campo de ação delas. Além de atuar no tradicional mercado financeiro, as moedas digitais estão se tornando populares e revolucionando até mesmo outros setores. Ela pode ser utilizada como forma de depósito e saque no poker online, e isso gera maior privacidade e acessibilidade para o competidor. Em outros setores da economia como moda, mercado imobiliário e automóveis, as criptomoedas também estão ganhando rápida adesão.

A ascensão do mercado das criptomoedas é evidente pelos números. Segundo dados oficiais, no ano passado esse segmento cresceu mais de 60 vezes só no Brasil. Diariamente, são movimentados cerca de R$ 113 milhões. “A Wuzu tem o objetivo de simplificar o trânsito de capitais e suas negociações por meio das criptomoedas e, desta forma, baratear os custos, aumentar a velocidade e permitir operações 24 horas por dia”, informa site TI Inside Online.

A meta da Wuzu é entrar forte no mercado para se expandir rapidamente. Para eles, o objetivo é fechar 2018 com a clientela de pelo menos 10 corretoras e bancos. Além disso, tomar conta de 25% da fatia nacional de negociação das criptomoedas.

Já o Bitcoin Banco tem uma estrutura maior e conta com cerca de 70 funcionários. Localizado no Trade Center de Curitiba, a empresa tem um grande espaço físico — algo raro no meio do mundo virtual das moedas digitais.

Seguindo uma tendência já existente fora do país, o Bitcoin Banco existe desde 2017 e gera as criptomoedas de maneira parecida àquela pela qual um banco tradicional administra o dinheiro de seus clientes. Quem coloca uma quantia de Bitcoin deixa sua moeda virtual por pelo menos seis meses para os especialistas em finanças renderem aquela quantia.

De acordo com Heloisa Ceni, vice-presidente do Grupo Bitcoin Banco, o Bitcoin tem vários picos todos os dias e isso possibilita ganhos muito mais altos do que a Bolsa de Valores tradicional. Assim como a Wuzu, os planos do Bitcoin Banco são ambiciosos e eles pretendem crescer rapidamente. No ano passado, o grupo comprou o NegocieCoins, um site que realiza transações de moedas digitais. Além disso, o Bitcoin Banco planeja criar um cartão de crédito que traga as criptomoedas para as transações de rotina e abrir uma filial na capital do Estado de São Paulo.

A tendência é que haja cada vez mais iniciativas como a Wuzu e o Bitcoin Banco em Curitiba, pois a cidade é considerada mercado-teste por ter perfil conservador e exigente no mundo financeiro.

No Brasil, são cerca de oito mil lojas cadastradas que aceitam Bitcoins como método de pagamento. A expectativa é que isso cresça exponencialmente nos próximos meses preparando o mercado aquecido a abrir portas para outras empresas atuarem como investidoras e gerenciadoras da moeda digital na capital paranaense.

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