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Comércio projeta maior alta de vendas em seis anos para o Dia das Crianças

No próximo sábado (12) é comemorado o Dia das Crianças, data considerada como a terceira mais importante no calendário do varejo nacional. Com a expectativa de movimentar R$ 7,8 bilhões neste ano, as vendas brasileiras devem ter um crescimento de 4,4% em relação a 2018, alcançando o terceiro ano consecutivo de alta, já descontada a inflação. Os dados são da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

No Paraná, uma sondagem feita pela Fecomércio PR aponta que 68% dos paranaenses pretendem presentear neste Dia das Crianças, 7% a mais do que o verificado no ano passado. Outro indicador que registra uma alta em comparação a 2018 é o tíquete médio: de R$ 77,74 do ano passado para R$ 88,44 neste ano (+13,7%). Segundo a Federação, a maior parte dos presentes (41%) custará entre R$ 51 e R$ 100; as lembranças com valor até R$ 50 representarão 28%; os presentes entre R$ 101 e R$ 150 corresponderão a 15%; acima de R$ 200 a 8%, e os presentes mais caros, acima de R$ 200, serão 8%.

“Se essas projeções se confirmarem, podemos ter um crescimento de 5 a 7% nas vendas em Ponta Grossa. Todos os números indicam que teremos um aquecimento do comércio”, avalia o presidente do Sindicato dos Lojistas (Sindilojas) e secretário municipal de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional, José Loureiro.

Presentes

Conforme indica a pesquisa da Fecomércio PR, brinquedos possuem 60% das intenções de compra. Sapatos e roupas foram mencionados por 25% dos entrevistados, seguidos por jogos educativos (17%), eletrônicos (10%), livros e afins (6%) e cosméticos (1%). Há também os que darão o valor em dinheiro para a criança escolher o presente (4%) – a escolha do presente será feita pelo adulto em 60% das compras, enquanto 38% das crianças poderão escolher o que desejam ganhar.

O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) também divulgou uma pesquisa referente ao Dia das Crianças, avaliando a inflação de presentes e serviços. O índice total registrou aumento de 2,87% – número inferior ao registrado para a inflação no mesmo período, de 3,97% (IPC/FGV), nos últimos 12 meses. Enquanto o levantamento apontou que as "despesas com presentes" devem representar um alívio, já que os preços registraram o menor avanço dos últimos 12 meses (1,01%), os gastos com lazer – grupo de serviços que registrou alta média de 4,21% – ficaram acima da inflação.

Estímulo à economia

Segundo a CNC, o primeiro semestre de 2019 foi marcado pela dificuldade do setor em acelerar o ritmo das vendas – do ponto de vista das datas comemorativas. O economista Fabio Bentes, da Confederação, destaca os motivos que devem levar a uma alta nas vendas. “O resgate parcial do nível de atividade no varejo no Dia das Crianças é resultado da combinação entre inflação baixa, parcelamentos mais longos e disponibilização de recursos extraordinários para o consumo. Medidas de estímulo à economia, como a liberação de saques no FGTS e PIS/Pasep, além dos juros básicos em novo piso histórico, tendem a favorecer as datas do varejo nesta segunda metade de ano”, analisa o economista.

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