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Comércio tem aumento nas vendas em período parcial

O comércio brasileiro está reagindo. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a alta parcial do mês de setembro foi de 0,7%. O número que pode parecer baixo em um primeiro momento, representa muito para o setor.

Para o professor bacharel em Ciências Econômicas do Centro Universitário Internacional Uninter, Francisco Luiz Elache, o número é um bom indicativo. ''A alta de 0,7% de setembro reverte um cenário de baixo crescimento das vendas de agosto'', disse.

O número é o quinto aumento consecutivo nas vendas do comércio brasileiro. No período, o acúmulo soma 2,4%, o que significa o melhor resultado do setor para meses de setembro desde o ano de 2009, quando a alta acumulou 1,1%. Ainda, se comparado ao mesmo período do ano anterior, as vendas aumentaram, em 2019, em 2,1%.

Segundo o IBGE, as áreas que mais têm vendido são os varejos de móveis e eletrodomésticos. De acordo com Elache, as pessoas têm visto a possibilidade de ter bens que antes não poderiam. ''Existe uma demanda reprimida para estes tipos de bens. Por exemplo, poucas famílias possuem máquina de lavar louça, mas são bens com valores diversificados, o que possibilita o consumo por pessoas de diferentes faixas de renda'', afirmou o especialista.

Para o professor, a justificativa vem com recursos liberados pelo governo, como o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), por exemplo, atrelados a campanhas publicitárias mais agressivas como a chegada da Black Friday. De acordo com Elache, essa é uma das formas de fazer com que a economia do país cresça. ''O crescimento da economia via investimentos seria o mais desejável, pois gera uma melhoria nos níveis de emprego e renda'', disse.

Apesar de todo o crescimento, o brasileiro precisa ficar atento às dívidas. Segundo o professor, o crescimento das vendas no comércio pode ser bom para o setor, mas pode prejudicar quem não controla os gastos. ''O crescimento das vendas no comércio forçado, apenas via consumo, tende a não se sustentar a médio prazo e há o risco de um endividamento maior das famílias sem a contrapartida da melhoria da renda'', afirmou.

As parciais dos meses de outubro e novembro ainda não foram divulgadas pelo IBGE.

 

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