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Como a inovação contribui para o desenvolvimento de PG

Ao contrário de anos anteriores, atualmente já não é mais incomum ouvirmos sobre projetos voltados para a inovação. A palavra que antes era apenas sinônimo de tecnologia e futuro, hoje já traz um novo conceito: a inovação voltada para resolver problemas. Mas como aliar um projeto de inovação ao desenvolvimento de uma cidade, em especial, ao desenvolvimento de Ponta Grossa?

A resposta para esta pergunta está diretamente ligada às soluções que vêm sendo desenvolvidas por acadêmicos das universidades da cidade no sentido de resolver as problemáticas do município. Ideias de pesquisa e iniciação científica partem dos laboratórios e chegam ao conhecimento do poder público, formando parcerias importante e que contribuem para um rápido crescimento municipal.

De acordo com o facilitador e consultor em Criatividade e Inovação, Rodrigo de Barros, a inovação, de maneira geral, tem duas frentes: o desenvolvimento do novo e a solução de problemas. "Então, uma cidade para se desenvolver precisa resolver problemas e desenvolver o novo. As ações de inovação caminham para este sentido, de achar coisas a serem resolvidas e a resolvê-las. Este é o espírito da inovação", ressalta.

Diversos projetos ligados à inovação são desenvolvidos pelos acadêmicos da UTFPR. (Foto: José Aldinan)

A chamada inovação coordenada, segundo Barros, está ligada às entidades que apoiam o empreendedorismo, aliada às instituições de ensino superior e órgãos públicos com iniciativas diversas. "Estas iniciativas são realmente bem interessantes, uma vez que tem colocado mais e mais a inovação em pauta, mesmo que não seja ainda com toda a maturidade possível, você consegue enxergar que a inovação está sendo discutida e debatida. Então, tudo isso, dissemina a mensagem de que buscar a resolver problemas, buscar trazer o novo, não somente o novo, mas aquele que seja útil, que contribui para o desenvolvimento de uma cidade", aponta.

Segundo o facilitador, que também é especialista em Inovação, em Ponta Grossa, já existem movimentos ligados à inovação. "Você observa um alinhamento entre diversas entidades discutindo a inovação, que está sim ficando cada vez mais em pauta. Mas ainda é necessário envolver mais e mais a sociedade. De modo geral, podemos dizer que a inovação contribui para crescimento e o desenvolvimento de Ponta Grossa, uma vez que a inovação nada mais é do que a resolução do problema e a idealização de algo novo, ou melhorado, que faça a vida das pessoas que aqui moram cada vez melhor", destaca Barros.

Cidade do Conhecimento em PG será referência no Brasil

O projeto da Cidade do Conhecimento é uma iniciativa da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e busca agrupar diversas frentes da inovação em apenas um espaço, incluindo o Parque Tecnológico, o Instituto Federal do Paraná (IFPR), além de uma montadora de veículos no mesmo local.

De acordo com o reitor da UTFPR, Luiz Alberto Pilatti, uma das principais frentes para o projeto é de que a Prefeitura de Ponta Grossa entre com a cessão de um terreno – onde existe uma escola localizada ao lado da UTFPR – para a construção de um prédio para o funcionamento de uma agência de inovação, aliada com a oferta de cursos do IFPR. A proposta do projeto será, além de incentivar a inovação, se tornar exemplo no desenvolvimento de projetos em todo o Brasil.

O professor da UTFPR, Nelson Canabarro, destaca que fomentar o empreendedorismo de inovação ajudará a propiciar o surgimento de empresas voltadas para a tecnologia, levando ao aproveitamento dos egressos das universidades e faculdades da região. "O desenvolvimento do ecossistema de inovação pode transformar Ponta Grossa num ponto de atração de empresas de tecnologia e de irradiação de tecnologia e inovação", aponta.

Canabarro lembra que na própria UTFPR são desenvolvidos projetos importantes ligados à inovação. "São desenvolvidos diversos projetos de pesquisa e iniciação científica, conduzidas pelos professores doutores nas áreas. Além disso, também é incentivado o empreendedorismo de inovação por meio da Incubadora Tecnológica e a geração patentes por meio da Divisão de Propriedade Intelectual. Portanto, toda área de conhecimento e de produção podem trabalhar e desenvolver inovação. Para isso, precisa desenvolver o ambiente organizacional para propiciar a inovação", ressalta.

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