em

Construção civil segue trabalhando e adota práticas diferenciadas

Responsável por 112.180 empregos formais em todo o estado e 4.691 apenas em Ponta Grossa de acordo com dados apresentados pela Federação das Indústrias do PR (Fiep), a construção civil foi um dos setores considerados como atividade essencial nos decretos municipal e estadual que propõem medidas restritivas para diminuir a circulação de pessoas durante a pandemia do novo coronavírus – e, por isso, segue trabalhando normalmente.

“A indústria da construção, um dos setores vitais para o desenvolvimento socioeconômico do País, que gera milhões de empregos formais, segue trabalhando com muita responsabilidade, cumprindo com todas as recomendações da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde do Brasil”, destaca o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Paraná (Sinduscon).

Para o diretor de engenharia da construtora Prestes, Pedro Incer, o funcionamento do setor é essencial para a economia brasileira por movimentar diversos empregos e segmentos adjacentes. “A construção civil é um termômetro da economia, parar os canteiros de obras teria um reflexo gigantesco tanto para a economia, quanto diretamente para os trabalhadores – muitos deles são terceirizados e empreiteiros dependem do avanço das obras, por exemplo”, avalia.

Porém, para seguir funcionando, o setor passou a adotar uma série de medidas que alteram a rotina de trabalho. “O Sinduscon-PR tem repassado diariamente informações cruciais para os empresários, abordando os mais diferentes aspectos desta crise, econômico, jurídico, fiscal, etc. Criamos ainda uma cartilha para ser distribuída nos canteiros de obras, com orientações básicas de saúde e higiene nas atividades da construção”, informa o Sindicato.

Boas práticas

A Prestes, que conta com 320 colaboradores em Ponta Grossa, é uma das empresas que está intensificando ações de prevenção. A construtora elaborou uma cartilha de boas práticas em canteiros de obras elencando alguns cuidados e reforçando o que está sendo disponibilizado aos trabalhadores, como a aferição diária de temperatura, por exemplo; se for maior que 37,8ºC o funcionário é dispensado e monitorado.

“Já temos um diálogo semanal de segurança no trabalho, e desde que o novo coronavírus surgiu na China começamos a abordar temas relacionados a ele nos nossos canteiros de obras. Como as informações mudam a cada momento, montamos um comitê formado pela presidência e diretores que discute diariamente as ações que devem ser executadas”, conta o diretor de engenharia da Prestes Construtora, Pedro Incer.

“Abolimos todos os tipos de aglomeração, como eventos, treinamentos e demais atividades que reuniam pessoas. Os nossos canteiros de obras já são horizontais e temos como premissa uma atividade não sobrepor a outra; por exemplo, em um pavimento não tenho três equipes trabalhando em coisas diferentes, são frentes de serviço distintas”, afirma Incer.

Entre as orientações, constam pontos como o pedido de que os trabalhadores já cheguem prontos para o trabalho, visando diminuir o fluxo de pessoas no vestiário – local no qual é solicitado, assim como no refeitório, que os cuidados de higiene e distanciamento mínimo de 1,5 metro sejam mantidos.

Além de orientações gerais de higienização e disponibilização de itens como álcool em gel e máscaras para aqueles que têm algum sintoma, as orientações não se restringem apenas ao ambiente de trabalho.  “Em casa, não entre com a roupa e calçados vindo da rua e lave as mãos antes de tocar em qualquer superfície”, afirma a cartilha, que também solicita o respeito às orientações de isolamento social fora do canteiro, evitando ambientes com aglomerações.

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.