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Cresce para 82% total de industriais paranaenses que pretendem ampliar investimentos

A Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) divulgou, nesta terça-feira (10), a 24ª edição da sua Sondagem Industrial, referente ao período 2019-2020. No geral, a mostra coletada representa 50,8 mil estabelecimentos industriais de todos os portes (micro, pequena, média e grande) e de 37 segmentos, que geram 765 mil empregos no estado – e, no geral, a expectativa para 2020 é positiva.

80% dos industriais estão otimistas, enquanto 15% dos entrevistados ficaram neutros e 5% estão pessimistas com relação ao futuro da economia. O resultado ficou praticamente estável em relação ao ano passado, quando 81% dos consultados tinham uma percepção positiva com relação a 2019 – porém, apesar deste ano ter sido positivo para a indústria do Paraná, que acumula a maior alta do país na produção industrial, as elevadas expectativas do ano anterior não se concretizaram em termos de melhoria de ambiente de negócios: apenas 45% dos empresários informaram que o desempenho de sua empresa foi bom ou muito bom, índice bem menor do que o registrado na expectativa.

“No ano passado estávamos em um ambiente de mudança política muito forte que gerava a esperança de uma retomada econômica imediata e consistente por conta das novas propostas Porém, isso não aconteceu; os resultados foram menores do que as expectativas, mas agora a realidade paranaense está muito positiva e o aguardo pelas aprovações de reformas como a previdência e a tributária dão esse tom de otimismo”, disse Marcelo Alves, economista da Fiep, em entrevista ao Diário dos Campos.

Refletindo a expectativa positiva para 2020, mais de 82% dos empresários pretendem realizar investimentos. “O percentual neste quesito é 20% maior do que o registrado entre as empresas que efetivamente investiram este ano. Isso é um fator positivo porque para se manter competitiva a indústria precisa retomar sua capacidade de investimentos. E as prioridades em aumento de capacidade produtiva, máquinas e equipamentos e desenvolvimento de produtos confirma essa disposição do empresário”, explica o economista da Fiep, Evânio Felippe.

Ao serem questionados sobre as estratégias mais relevantes para suas empresas, 52% dos respondentes apontaram que o desenvolvimento de novos negócios será a prioridade em 2020. Outros 42% pretendem aumentar o foco no cliente, e, 39% têm planos de incorporar novos produtos ao seu portfólio.

Para Marcelo Alves, três áreas têm se destacado neste ano. “Os resultados de 2019 são muito bons para o Paraná, mas alguns segmentos se sobressaem: setor automotivo, de alimentos e metalmecânico, este último muito forte devido à sua transversalidade em relação aos outros dois”, destacou o economista à reportagem do DC.

Comércio exterior

As empresas exportadoras paranaenses apontaram os custos dos insumos (59%), os custos portuários (57%) e os custos de transporte doméstico (52%) como os principais fatores de dificuldade na competitividade internacional. Já a taxa de câmbio (43%) e o conteúdo tecnológico do produto (30%) foram fatores que afetaram positivamente as exportações.

Quando perguntado se a alta recente do dólar – que chegou, em novembro, ao seu maior preço desde a criação do real em valores nominais (R$ 4,239) – foi citada pelos industriais, o economista disse que não. “Não foi perguntado especificamente sobre isso, mas sobre o mercado exterior sim. Ainda temos uma pequena parcela de empresários que o acessam, número que não é maior devido desde a dificuldade de conhecimento do mercado, quando dos custos logísticos”, avalia Marcelo Alves.

Arte: Sondagem da Indústria/Fiep

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