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De 18 cidades da região de Ponta Grossa, em 10 a produção agropecuária cresceu

No ano passado o campo somou R$ 8,89 bilhões de riquezas produzidas no núcleo regional de Ponta Grossa. Este montante, referente ao valor bruto da produção (VBP) agropecuária, é 4,7% superior ao registrado em 2018 nominalmente, ou seja, sem o considerar a inflação; descontando o índice que aponta o aumento de preços, o crescimento real foi de apenas 0,4%.

A classificação do núcleo regional é definida pela Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab) e engloba dezoito municípios. Dentre eles, de um ano ao outro dez aumentaram a produção de riquezas rurais e oito diminuíram. Os destaques positivos relativos à variação do VBP, já com o desconto da inflação, foram Ventania (+19,2%), Reserva (+16,4%) e Palmeira e Piraí do Sul (+10,9% cada). Já na outra ponta do ranking figuram Telêmaco Borba (-39,1%), Sengés (-24%) e São Josão do Triunfo (-17,1%).

Em volume de dinheiro, lideram Castro, a única cidade que está na casa do bilhão e onde prevalecem o leite (responsável por um quarto do total da cidade) e a soja; Tibagi, que tem como principal fonte a soja (responsável por quase 47% do total da cidade), e Carambeí, onde os principais produtos também são o leite (um terço do total) e a soja.

Ponta Grossa ocupa a sexta posição, tendo a soja em primeiro lugar (com quase a metade do total, 45%) e o trigo em segundo. Os menores valores foram verificados em Imbaú, Porto Amazonas e Sengés.

Produtos

Considerando as quatro principais categorias de produtos, os quatro grãos mais produzidos, juntos, lideram o VBP regional. A soma deles é igual a R$ 3,07 bilhões, número composto por soja (65%), milho (13%), feijão (12%) e trigo (10%). Na sequência de valores aparece o leite, que gerou mais de R$ 1,069 bilhão, e a madeira, com R$ 698,18 milhões – dentro deste setor o destaque é a madeira em tora para a produção de papel e celulose (77,7%), já que a região possui a atuação da Klabin, maior produtora e exportadora de papeis do Brasil.

Comparando esses totais de 2019 aos de 2018, porém, percebe-se que apenas o leite registrou aumento no seu valor bruto de produção: o crescimento real do produto que reconhece os Campos Gerais como a principal bacia leiteira do país foi de 8,4%. Em contrapartida, a maior baixa real foi no segmento madeireiro (-31%), enquanto que os quatro principais grãos somaram uma perda real de 11,8% – a soja, principal cultivo local, teve uma redução de 7,3% no seu VBP.

Entenda o indicador

O Valor Bruto da Produção é um índice de frequência anual, calculado pelo Governo Estadual com base na produção agrícola municipal e nos preços recebidos pelos produtores paranaenses. Engloba produtos da agricultura, da pecuária, da silvicultura, do extrativismo vegetal, da olericultura, da fruticultura, de plantas aromáticas, medicinais e ornamentais, da pesca, etc.

Além de fornecer dados sobre a produção agropecuária de todos os municípios do Paraná, tal índice compõe o Fundo de Participação dos Municípios. O VBP tem uma participação de 8% no cálculo usado para a determinação do índice final a ser aplicado sobre a arrecadação do ICMS, que resulta na cota-parte devida a cada Município.

Os dados que constam nesta reportagem fazem parte da versão preliminar do relatório da safra 2018/2019, divulgada pela Seab nos últimos dias.

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