Júlio Cesar Botelho, 41 anos, deixou Goiás para vender panelas pelo Brasil. Ontem, ele estava em Ponta Grossa. A vida de viajante começou depois de perder o emprego, com carteira profissional assinada, como pedreiro. Há seis meses decidiu aceitar a oferta atual e deixou na cidade natal a família.
Ele conta que todo dia está num lugar diferente; trabalha 20 dias no mês e fica 10 dias em Goiás, tempo suficiente para o caminhão que o traz ser recarregado com panelas.
Para ganhar cerca de R$ 3 mil, ele precisa vender quatro vezes este valor nos 20 dias trabalhados. Como pedreiro recebia menos, porém tinha a segurança do registro profissional.
Júlio que estudou até a 8ª série de Ensino Fundamental gostaria de trabalhar em Goiás, ao lado da família, porém já tentou por várias vezes um novo emprego e não conseguiu.
A dificuldade está em viver longe das filhas e no dia a dia, já que dorme em barraca e sempre em local incerto.
Agência do Trabalhador responde por 10% dos colocados
Os 1.038 postos de trabalho criados em 2017 estão relacionados ao número de admitidos e desligados de seus cargos. Foram 31.448 admissões no mercado formal de Ponta Grossa e 30.410 demissões, conforme o Caged.
Das contratações, a Agência do Trabalhador (Sine) participou com 3.586 colocados, o que representa quase 10% do total de admitidos (para chegar aos 1.038 é preciso considerar a diferença das admissões e contratações).
O gerente da Agência do Trabalhador, John Elvis Ribas Ramalho, observa que o município começou 2018 gerando empregos. Em fevereiro foram 320 novos postos de trabalho, o que compensou o fechamento de 54 em janeiro.
John observa que muitos trabalhadores demitidos nos últimos anos não procuraram se qualificar em suas áreas, o que hoje dificulta a recolocação.
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