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Desempenho da indústria paranaense começa a ter estabilidade

Depois de três anos e meio com seguidos resultados negativos, o desempenho da indústria paranaense começa a dar sinais de estabilidade. A informação é do mais recente boletim de Indicadores Conjunturais da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), que apresenta os resultados de julho. O levantamento mostra resultados positivos, nos últimos quatro meses pesquisados, para as cinco variáveis que medem a performance do segmento – vendas industriais, compras de insumos, nível de emprego, horas trabalhadas e utilização da capacidade instalada das empresas.

Acesse a íntegra do relatório

Segundo a Fiep, em julho as vendas industriais paranaenses cresceram 2,7% em relação ao mês anterior. O aumento deriva do desempenho positivo observado em oito dos 18 gêneros pesquisados. Entre eles, dois dos três setores com maior participação relativa na indústria paranaense: ‘Alimentos e Bebidas’ (+11,77%), devido ao aumento de produção; e ‘Refino de Petróleo e Produção de Álcool’ (+3,16%), graças ao aumento da produção de álcool. Também tiveram destaque as indústrias de ‘Minerais não Metálicos’ (+27,41%) e ‘Material Eletrônico e de Comunicações’ (+14,79%).

O aumento registrado em julho foi o terceiro crescimento mensal consecutivo medido pela Fiep. Ainda assim, as vendas industriais paranaenses seguem apresentando retração no acumulado do ano. Somando os primeiros sete meses de 2017, a queda é de -7,35% em relação ao mesmo período de 2016. No total, 11 dos 18 gêneros pesquisados estão com resultados negativos no ano, com as maiores quedas nos setores de ‘Têxteis’ (-48,91%), ‘Edição e Impressão’ (-30,97%) e ‘Vestuário’ (-15,32%).

Apesar disso, o relatório da Fiep aponta alguns indicadores que mostram que o pior da crise pode ter passado e o desempenho da indústria paranaense começa a se tornar mais consistente. No período entre abril e julho, as vendas industriais, as compras de insumos e o nível de emprego apresentaram expansão em três dos quatro meses. Já o indicador de horas trabalhadas cresceu nesses quatro meses, enquanto a utilização da capacidade instalada, que mostra o quanto do parque fabril está sendo efetivamente usado na produção, subiu de 68% para 71%.

“Aos poucos e lentamente, as variáveis que compõem a atividade industrial começam a dar sinais de estabilidade”, afirma o gerente de Economia, Fomento e Desenvolvimento da Fiep, Marcelo Percicotti. “Esses sinais projetam um final de ano de maior atividade para a indústria paranaense e indicam uma progressiva recuperação da forte crise que ela vem enfrentando desde 2014”, acrescenta.

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