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Desinsetização é opção para eliminar pragas urbanas

Quase 125 mil pessoas foram vítimas de acidentes com escorpiões no Brasil, conforme apontam dados do Ministério da Saúde, em 2017. Na região Sul, no mesmo período, o Paraná teve a maior incidência de casos, com 2.334 registros. Duas pessoas morreram no Estado vítimas do aracnídeo. Os registros do Ministério da Saúde apontam ainda que o Paraná é o Estado brasileiro com o maior número de acidentes com aranha . De 2010 a 2017 foram quase 150 mil casos, sendo 9.597 somente em 2017. O Paraná – com 26 óbitos no período – só perde para Minas Gerais, onde 34 pessoas morreram vítimas de aranhas.

Uma das formas de combater esses dois tipos de pragas urbanas é a desinsetização, que pode ser feita também por Engenheiros Agrônomos, Sanitaristas, Químicos ou Florestais. No controle preventivo, o profissional de Engenharia avalia a área e identifica as espécies de pragas presentes. Em centros urbanos, a área desinsetizada é um serviço que ocorre em locais onde as pessoas transitam, como residenciais e empresas, e por isso, são necessários alguns cuidados, sobretudo com a saúde. Para cada inseto e/ou aracnídeo existe uma quantidade específica de produto. Não é a mesma dosagem para todos, porque os animais se tornam resistentes a determinados tipos de venenos.

Conforme o gerente da  regional do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) em Ponta Grossa, Engenheiro  Agrônomo Vânder Della Coletta Moreno, diversas empresas estão aptas a prestar este tipo de serviço no região. Em todo o Paraná, são 99 estabelecimentos registrados. O serviço é contratado, na maioria da vezes, por empresas de alimentos, da área da saúde e do comércio em geral. “O empilhamento de produtos é propício para a proliferação de insetos e aracnídeos. São empresas de calçados, clubes, postos de gasolina, hospitais, farmácias, restaurantes, entre outros estabelecimentos, que contratam esse tipo de serviço”, explica.

A atividade, no entanto, deve ser prestada por empresas que tenham registro junto ao seu Conselho de Classe. No caso de Engenheiros Agrônomos, Engenheiros Florestais, Engenheiros Sanitaristas e Engenheiros Químicos, no site do Crea-PR, no link “consultas públicas”, é possível verificar se a empresa possui registro no Conselho e responsável técnico pelas suas atividades.

Epidemiologia de Ponta Grossa

Em Ponta Grossa, conforme dados disponibilizados pela Epidemiologia Municipal, foram registrados, em 2018, 542 acidentes com aranhas, contra 533 em 2017. Neste ano, já são 107 casos. Já os registros de acidentes com escorpiões teve redução no ano passado. Foram 281 casos, contra 356 em 2017. Em 2019, são 50 registros. 

A chefe da Vigilância em Saúde, Priscila Alves, explica que para evitar a proliferação de pragas urbanas é importante que a população pense em eliminar os 4 As, que são  acesso, abrigo, água e alimento. “Cada espécie tem sua especificidade, mas de modo geral lixos abertos, entulhos e quintais sujos propiciam a atração e proliferação dessas pragas”, diz.

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