Sou um bom pai? Tenho sido um bom filho pro meu pai, que talvez não seja tão jovem assim? Algum dia, muitos de nós, já nos questionamos sobre nossas relações com nossos filhos, com nossos pais.
Dentro da contemporaneidade, vivemos em condições imediatistas, tecnológicas, por vezes intolerantes e, em muitos casos, superficiais. Sem que percebamos, acabamos nos afastando, pouco a pouco, daquele ideal de pai presente e companheiro que um dia sonhamos ser.
Quando estamos próximos, pode ser difícil manter o foco, buscando distração na TV, notebook ou celular, sem que haja interação real. Diante dos problemas do dia a dia, a busca por soluções rápidas e práticas acaba empobrecendo os diálogos. Com isso, faz-se necessário refletirmos sobre nossas atitudes e, se fizer sentido, adotar novos hábitos que ajudem a cultivar qualidades que possam estar enfraquecidas como a atenção, o equilíbrio emocional e a empatia. Um novo hábito que pode ajudar neste sentido é a meditação.
Presença e compreensão trazem o equilíbrio
Às vezes, as respostas não são exatas. "Como cultivar a presença nas relações pais e filhos" é uma dessas questões que devem ser trabalhadas rotineiramente.
A meditação é uma prática que pode ajudar a fortalecer qualidades como:
• Foco, para aprendermos a enxergar o outro e ouvi-lo atentamente e com o coração, ainda que a criança esteja contando, empolgada (pela oitava vez), como fez "aquele gol";
• Equilíbrio, para sempre mantermos nossa mente sã emocionalmente e não perdemos a paciência, ainda que precisemos repetir diariamente que não pode comer doce antes do almoço;
• Empatia, para compreender, com genuíno interesse, o mundo interno dos nossos filhos, que pode ser bem diferente do nosso.