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Dieta low-carb: mitos e verdades

A dieta low-carb ainda é motivo de muitas controvérsias. Há quem diga que ela pode ser prejudicial à saúde. Por outro lado, pesquisas mostram que pode reverter muitas doenças comuns e graves, como obesidade, diabetes tipo 2, síndrome metabólica, gordura no fígado e outras. É o que afirma a nutricionista Mariana Chiossi Tsuneto.

 

Para esclarecer mais sobre o assunto, ela pontuou alguns dos mitos mais comuns em relação à alimentação low-carb e esclareceu quais são as verdades sobre essa dieta e os benefícios que ela promove. Confira!

 

1- O cérebro precisa de carboidratos para funcionar

Um dos mitos da alimentação low-carb é de que o cérebro não pode funcionar sem carboidratos e que eles são o combustível preferido para o cérebro. De acordo com esse mito, o cérebro precisa de cerca de 130 gramas de carboidratos diários. Algumas células do cérebro não podem usar nenhum combustível, exceto a glicose (que vem dos carboidratos).

No entanto, outras partes do cérebro são perfeitamente capazes de usar cetonas como combustível. Este é o lugar onde uma via metabólica chamada gluconeogênese torna-se importante. Quando não comemos carboidratos, o corpo (principalmente fígado) pode produzir glicose de proteínas e do metabolismo das gorduras. Mas com a cetose da gluconeogênese, o corpo não sente a necessidade do consumo de carboidratos – pelo menos não com o objetivo de alimentar o cérebro. E após a fase de adaptação inicial terminar, muitas pessoas relatam melhorias na função cerebral com a alimentação low-carb.

2- Carboidratos são essenciais para o desempenho físico

Mito, porém, muitas pessoas acreditam nisso. E muitos atletas consomem altas quantidades de carboidratos. É verdade que reduzir os carboidratos inicialmente reduz o desempenho. No entanto, isso geralmente é temporário. Isso pode ocorrer (não como regra) devido à adaptação do corpo à queima da gordura ao invés de carboidratos. Estudos apontam que as dietas com baixo teor de carboidratos são benéficas para o desempenho físico, especialmente para os exercícios de resistência como HIIT enquanto as pessoas recebem algumas semanas para se adaptarem à dieta. Ela ainda pode beneficiar o ganho de massa muscular e resistência.

3 – Low-carb é uma dieta de moda

Low-carb é praticado há milhares de anos e não é uma dieta passageira para muitas pessoas que conseguem manter esse estilo de vida. Importante entender que low-carb não é tirar totalmente o carboidrato das refeições e sim reduzir e fazer boas escolhas dos carboidratos. O baixo teor de carboidratos mostrou ser efetivo em mais de 20 estudos científicos.

4 – É difícil de manter

Outro mito da alimentação low-carb é de que ela pode se tornar insustentável à longo prazo. Ela só se torna difícil se não for feita de forma orientada e individualizada. Muitas pessoas fazem a low-carb do amigo e não conseguem manter, porque cada organismo é único. A questão é que ao consumir alimentos com baixo teor de carboidratos você reduz o apetite, e aumenta a saciedade; com isso você sente fome de forma equilibrada e sem exageros. Você inicia a reeducação alimentar, e isso é essencial para o peso e a saúde.

5 – É ruim para a saúde cardíaca

As dietas baixas em carboidratos tendem a ser elevadas em colesterol e gorduras, incluindo gorduras saturadas. Por esta razão, muitas pessoas afirmam que ela aumenta o mau colesterol no sangue e o risco de doença cardíaca. No entanto, novos estudos mostraram que nem o colesterol na dieta nem a gordura saturada, têm algum efeito significativo no risco de doença cardíaca. Contrariamente ao que se costuma alegar, a dieta low-carb previne os fatores de risco para a doença cardíaca:

  •            Os triglicerídeos do sangue diminuem
  •            O colesterol HDL (o colesterol bom) aumenta
  •            A pressão sanguínea tende a diminuir
  •            Melhora a resistência à insulina
  •            Reduz os níveis de açúcar no sangue e insulina
  •            Reduz a inflamação.

6 – Reduz a ingestão de alimentos saudáveis

Uma dieta baixa em carboidratos não significa excluir totalmente os carboidratos. Você pode comer uma grande quantidade de legumes, nozes e sementes sem exceder 80 a 130 gramas de carboidratos por dia. Pode incluir alimentos vegetais e de outros alimentos saudáveis que sejam baixos em carboidratos, como abóbora cabotiá, batata doce, inglesa em equilíbrio, aspargos, berinjela, abobrinha. A dieta low-carb pode ter benefícios para a saúde.

 

NOTA DA NUTRICIONISTA: é muito importante cuidar com os alimentos embutidos e processados, industrializados porque mesmo sendo low-carb tem uma quantidade imensa de xenobióticos (substâncias tóxicas, química para nosso organismo) como: presunto, salsicha, salame, leites e queijos processados, mesmo sendo baixo em carboidrato podem inflamar e não ajudar nosso equilíbrio pelos compostos ali presentes. Procure o nutricionista para avaliar a quantidade diária necessária de carboidratos, que o seu corpo precisa. 

 

 

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