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Doenças de inverno: como se proteger das “ites” da estação

O inverno é caracterizado pelas baixas temperaturas, clima mais seco, dias mais curtos e noites mais longas. Durante a estação que antecede a primavera, este clima mais frio propicia a maior concentração de pessoas em locais fechados, facilitando a propagação de vírus e bactérias que podem desencadear inúmeras doenças, principalmente respiratórias, uma vez que algumas de nossas defesas naturais nas vias aéreas também estão reduzidas. É nessa época do ano que rinite, sinusite e todas as 'ites' atacam.

A SulAmérica Saúde listou as doenças mais recorrentes e dá dicas de cuidados. Confira:

SINUSITE

A sinusite é a inflamação dos seios paranasais, que são espaços preenchidos por ar localizados no interior dos ossos do crânio e face, diretamente atrelados às cavidades do nariz. Os principais sintomas são a dor no rosto, dor de cabeça, nariz entupido, secreção nasal purulenta (podendo ter odor fétido) e dor nos olhos. Muitas vezes essa secreção nasal é drenada pela garganta, causando tosse persistente. O tratamento pode ser feito com corticoides orais e nasais, descongestionantes nasais e antibióticos, quando for uma infecção bacteriana. Lavagens nasais com soro fisiológico, ou água filtrada, e hidratação também fazem parte do tratamento

AMIGDALITES E FARINGITES

Amigdalite é uma infecção contagiosa que causa inchaço nas amígdalas, dor de garganta ao engolir, febre e mau hálito. Ela pode ser causada por bactérias ou vírus, podendo ser aguda ou crônica. Algumas medidas primárias como descanso vocal e gargarejo (com uma solução de água e sal) podem melhorar o desconforto e auxiliar na recuperação. O tratamento é sintomático, sendo necessário o uso de antibióticos quando tratar-se de uma infecção bacteriana. Para prevenir-se, evite mudanças bruscas de temperatura e mantenha sempre o nariz sem congestão.

A faringite é também uma infecção, viral ou bacteriana, na faringe, que é a parte posterior da garganta. Os sintomas mais comuns são rouquidão, tosse seca, dor ao deglutir e febre. Os sintomas geralmente duram de três a cinco dias. A maior parte dos casos é causada por infecção viral e o tratamento é sintomático, com utilização de anti-inflamatórios. Já quando diagnosticada uma faringite bacteriana, antibióticos serão receitados.

RINITE

A rinite é uma reação alérgica às partículas inaladas, causando irritação e/ou inflamação da mucosa do nariz, que provoca espirros, coriza, coceira e entupimento das vias nasais. Poeiras, ácaros e epitélio de animais podem ser algumas das substâncias que provocam alergia, mas as temperaturas baixas também são capazes de desencadear as crises. Por ser uma doença crônica, ela não tem cura, mas o uso de anti-histamínicos orais e corticoides nasais podem ajudar a tratar e controlar os sintomas. Para prevenir-se mantenha o ambiente limpo e evite aglomerações durante o inverno.

OTITES

As otites são infecções causadas por vírus ou bactérias que geram quadro de dor intensa no ouvido, com febre de moderada a alta, podendo haver saída de secreção ou não. É bastante comum em crianças. Nesse caso, para que não ocorra nos pequeninos, a dica é evitar que se mame deitado, devendo-se elevar a cabecinha da criança durante a mamada. O tratamento é feito com analgésicos e antibióticos, para os casos de origem bacteriana. A prevenção, para todos, pode ser feita mantendo limpas as vias aéreas.

BRONQUITE

A bronquite é a inflamação dos brônquios, que dificulta a entrada de ar pelas vias aéreas até os pulmões. Com isso, os sintomas mais comuns são a tosse seca ou com muco, desconforto respiratório e chiado no peito. Na maioria, os casos são causados por infeção viral, sendo transmitidos por via aérea, ao tossir, ou por contato direto com o vírus. Durante o inverno, as crises agudas são mais comuns e o tratamento consiste na utilização de analgésicos, anti-inflamatórios, descongestionantes nasais, broncodilatadores de inalação oral, as conhecidas "bombinhas'', e hidratação.

MENINGITE

A meningite é uma inflamação nas membranas que recobrem o cérebro e a medula espinhal, as chamadas meninges. Ela também pode ser causada por vírus ou bactérias. A forma viral costuma ser benigna e sem grandes complicações neurológicas. Já as bacterianas são mais sérias e exigem tratamento rigoroso e urgente com antibióticos e, na maioria das vezes, geram internações, principalmente em crianças. Os sintomas incluem febre, dor de cabeça e mal-estar, além de vômitos (geralmente em jatos fortes) e rigidez na nuca. A meningite, além de contagiosa, é uma doença séria, capaz de matar em 24 horas, devido à proximidade com o cérebro e a medula. Medidas profiláticas vão desde higiene pessoal, evitar aglomerações ou idas desnecessárias a prontos-socorros, até vacinação – vacina meningocócica.

"Gostar ou não do inverno é uma opção, mas as medidas preventivas para driblar as doenças que acompanham essa estação se aplicam a todos. Ressalto duas medidas importantes: tomar água regularmente para manter-se hidratado e umidificar o ar do ambiente", explica a diretora técnica Médica e de Relacionamento com Prestadores da SulAmérica, Tereza Veloso.

A médica destaca que a prevenção sempre é o melhor dos remédios. As recomendações básicas são: sempre buscar uma alimentação saudável, manter-se constantemente bem hidratado, evitar mudanças bruscas de temperatura estando bem agasalhado e protegido, evitar locais muito fechados ou com aglomeração de pessoas. Também é importante lembrar-se da vacinação anual contra a gripe, realizada pelo Ministério da Saúde nos postos públicos ou em clínicas particulares – além de vacinas específicas como a pneumocócica, em portadores de doenças respiratórias crônicas.

Outra dica importante é evitar ir aos hospitais e prontos-socorros, caso não seja situações de real necessidade, principalmente crianças e idosos. Essa medida irá protegê-los da exposição a agentes infecciosos que estão presentes nesses ambientes.

Atenção!

As informações e sugestões contidas nesse texto têm caráter meramente informativo e, de forma alguma, devem substituir as orientações de um médico especialista. Nunca se automedique ou interrompa o uso de medicamentos sem antes consultar um médico.

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