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Down exige estímulo desde os primeiros anos

Alguma coisa, talvez um instinto de mãe, dizia a Thais Schasiepen que algo estava diferente em sua gravidez. Mesmo insistindo na pergunta aos médicos, e fazendo todos os exames, nada apontou que o pequeno Emanuel tivesse síndrome de Down. A informação veio só após o nascimento, e levou Thaís a buscar o máximo de conhecimento sobre o assunto.

Emanuel tem muita sorte, porque esse esforço da mãe, já nas primeiras semanas, certamente será determinante para a qualidade de toda a sua vida. Ele começou a frequentar as sessões de fisioterapia aos dois meses e de fonoaudiologia aos quatro. Parece cedo, mas é importante que seja assim, já que a síndrome acaba tornando o aprendizado mais lento. “A estimulação começou ainda bebê, e até hoje Emanuel faz fisio e fonoaudiologia. Agora, começamos com terapia ocupacional. Ele tem três anos de idade, e também já começou a ir para o Cmei. Quero que ele tenha toda a adaptação e socialização necessária, para que seja um adulto capaz”, diz Thaís, que optou por não matriculá-lo em instituição voltada ao atendimento de pessoas com deficiência. “Se ele terá que se adaptar à sociedade e ser incluído de alguma forma, melhor que seja desde já”, pensou.

Fisioterapia

Maria Luiza Barszcz, fisioterapeuta em uma clínica de Ponta Grossa, explica a importância desse estímulo precoce. “A síndrome de Down é uma condição genética que gera atraso no desenvolvimento. Sem estímulo precoce, o atraso para andar e ter o desenvolvimento típico é ainda maior. Há pesquisas que mostram que, com o estímulo correto, esse atraso já não é notado a partir dos cinco ou seis anos de idade”, diz. As consequências maiores são sentidas a longo prazo, com as pessoas com a síndrome concluindo um curso na faculdade, trabalhando e adquirindo autonomia.

 

Data especial

O próximo dia 21 será o Dia Internacional da Síndrome de Down, uma ocasião para lembrar os desafios e conquistas envolvendo o tema, amplamente debatido ao longo de toda a semana. O Diário dos Campos inicia com este texto uma série de reportagens sobre aspectos que tornam essas pessoas tão singulares.

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