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Economia de PG cresce 53% com novo ciclo de industrialização

O novo ciclo de industrialização de Ponta Grossa transformou a economia do município.  Com os investimentos, a economia do município cresceu acima da média estadual e avançou 56% entre 2010 e 2013, de acordo com dados mais recentes do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes) em parceria com o IBGE.

O Produto Interno Bruto (PIB) da cidade, que era de R$ 6,7 bilhões em 2010, passou para R$ 10,3 bilhões em 2013. No mesmo período,  a economia do Paraná registrou crescimento de 48%.

Desde 2011 já são R$ 1,92 bilhão em investimentos enquadrados no programa de incentivos Paraná Competitivo. Graças à instalação de novas fábricas e ampliações, a cidade se tornou o segundo maior polo industrial do Estado, atrás apenas de Curitiba.

“O desenvolvimento da indústria no município foi o principal vetor do crescimento da economia de Ponta Grossa nos últimos anos. Isso se refletiu na forma de maior produtividade, salários maiores e maior bem-estar para a população”, diz Julio Suzuki Júnior, diretor presidente do Ipardes.

A chegada de novas indústrias está relacionada, principalmente, aos incentivos do governo estadual, ao esgotamento das áreas para instalação de fábricas na região de Curitiba e à infraestrutura logística.  A proximidade da capital e do entrocamento rodoferroviário próximo de São Paulo e do porto de Paranaguá faz da cidade uma das primeiras opções de investimentos, diz Adalberto Netto, diretor presidente da Agência Paranaense de Desenvolvimento (APD).

A qualidade da mão de obra e do ensino também contribuíram para a onda de investimentos. “Ponta Grossa conta com boa infraestrutura logística, de educação e qualidade de serviços públicos. A cidade se tornou um exemplo da interiorização do investimento no Estado, nos últimos anos, antes bastante concentrado na região de Curitiba. Os investimentos na área de infraestrutura executados pelo governo estadual na região também ajudaram a atrair investimentos”, diz o presidente da APD.

Desde 2010, a agência contabiliza 19 projetos de investimentos enquadrados dentro do programa Paraná Competitivo. Entre elas estão empresas como Paccar, Ambev, Heineken, Águia, Crown, Masisa, BR Foods, Tetra Pak, Rodolinea, Bunge e Hübner, dentre outros.  Juntos, os projetos industriais devem gerar 5,5 mil empregos no município.

Um dos principais projetos foi da norte-americana Paccar, dona da marca de caminhões DAF, que montou na cidade sua primeira fábrica no País. Com investimentos de US$ 200 milhões, a nova unidade entrou em operação em 2013 e já está em fase ampliação. Ao todo, a montadora já desembolsou US$ 320 milhões no País, incluindo a fábrica, a linha de motores implantada no ano passado e a estrutura de fornecedores.

A montadora, que emprega 250 pessoas, e que produzia dois caminhões por dia até o ano passado, já elevou esse ritmo para três e deve encerrar o ano com a montagem de quatro caminhões por dia, de acordo com a empresa.

A Ambev inaugurou em maio desse ano a sua fábrica na cidade, com investimentos de R$ 848 milhões. Com capacidade para produzir 380 mil hectolitros por mês em quatro linhas de produção, a fábrica gera  430 empregos diretos.

A holandesa Heineken também reforçou investimentos em Ponta Grossa.  A empresa aumentou  em 40% sua capacidade de produção em Ponta Grossa – para 4,6 milhões de hectolitros por ano, em um pacote de investimentos que deve chegar a R$ 414 milhões até 2022. Com isso, mais de um terço da produção do grupo no País sairá do Paraná.  Foram gerados 85 novos empregos.

CICLOS DE DESENVOLVIMENTO – Com 341 mil habitantes, Ponta Grossa viveu o primeiro grande ciclo de industrialização entre as décadas de 1960 e 1970 e o segundo no fim de 1990, quando vieram Tetra Pak (embalagens), Continental (pneus) e Masisa (painéis de madeira). Depois disso, o município ficou quase dez anos sem receber grandes investimentos industriais,  que foram retomados com a implantação do Paraná Competitivo.

A nova onda industrial ajudou a cidade a ganhar dez posições no ranking das maiores economias do País, de acordo com dados do IBGE.  Em 2010 Ponta Grossa sera a 8colocada no País. Em 2013, estava em 7 posição. “Isso significa que Ponta Grossa cresceu não apenas mais do que a média paranaense, mas acima também da média nacional”, diz Suzuki Júnior, do Ipardes.

RANKING – O município é atualmente a quinta maior economia do Estado, com uma participação de 3,1% no PIB do Paraná. De janeiro de 2011 a julho de 2016, a cidade ficou entre as cinco que mais geraram emprego no Estado, com um saldo positivo 0 entre admissões e demissões – de 8,4 mil vagas, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Em agosto, a cidade registrou um saldo positivo de 100 novas vagas, puxadas pela indústria, serviços e administração pública.

NOVAS INDÚSTRIAS – Um levantamento do Ipardes com base nos dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho mostra o crescimento no número de indústrias no município. Mesmo em meio à recessão, o volume avançou 17% entre 2010 e 2015, passando de 690 para 810.

Na mesma base de comparação, o número de pessoas empregadas com carteira assinada na cidade aumentou em 12%, para 86, 2 mil.

A nova onda de industrialização também teve impacto no salário médio do município. Como as indústrias tradicionalmente pagam salários mais altos, a remuneração média cresceu 63,6% entre 2010 e 2015, de R$ 1.408 para R$ 2.304.

 

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