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Educação Integral é destaque, mas tem fila de espera nas creches

Um balanço divulgado no começo deste mês pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), órgão responsável por atender toda a educação básica, através do Ministério da Educação apontou que o município de Ponta Grossa é destaque na oferta da educação integral para crianças de quatro a cinco anos.

Dados obtidos junto governo federal mostrou que, em maio do ano passado, haviam 10.387 crianças matriculadas em tempo integral em Ponta Grossa.  O número de alunos matriculados em tempo integral em Ponta Grossa superou, em 2017, outros municípios do Paraná do mesmo porte.

Números divulgados pelo Ministério da Educação mostraram que Londrina, com aproximadamente 600 mil habitantes, estava com cerca de 2,4 mil alunos em tempo integral em 2017. Cascavel (320 mil habitantes) também ficou bem abaixo. Em 2017, a cidade estava com 908 crianças matriculadas em tempo integral.

Ponta Grossa comemora ainda mais por atingir a meta do Plano Nacional de Educação onde prevê que, até 2024, 50% deverão estar matriculadas em tempo integral. "Nós já estamos com 59% de alunos na educação integral. Já superamos esta meta e queremos chegar em 2024 com 80% das crianças matriculadas", explica a secretária de Educação, Esméria Saveli.

Esméria aponta que os bons resultados se devem principalmente ao projeto pedagógico desenvolvido pelo município.  Pois não se trata de contraturno escolar, mas sim uma ampliação da jornada escolar, o nosso grande diferencial", comenta.

De acordo com a secretária, o projeto pedagógico desenvolvido pelo Município trata-se de um currículo ampliado nas escolas que possibilita que os alunos tenham aulas pela manhã e também à tarde. "Nós trabalhamos com várias de conhecimento como português, matemática, ciências humanas e ciências biológicas, além de artes musicalização e religião", contextualiza Esméria.

Repasses

A consequência de se ofertar educação em tempo integral também pode levar ao aumento do valor do repasse do governo federal, através do Fundeb, para cada município. Ponta Grossa, por exemplo, poderá receber R$ 135.379.335,19 ao longo deste ano. O valor é mais alto que os outros municípios, à exemplo de Maringá, por exemplo, que deverá receber R$ 121.142.706,97 e Foz do Iguaçu com previsão de repasse de recursos no valor de R$ 106.391.170,59.

"A educação em tempo integral implica insumos nas escolas. É impossível ofertar uma educação de qualidade em um tempo de trabalho escolar pequeno. Por isso, investimentos são necessários como a compra de materiais, ampliações de escolas, pagamento de professores. Somente os repasses do Fundeb, são voltados para a folha de pagamento dos profissionais. Por isso, contamos ainda com repasses via governo municipal", aponta a secretária.

Educação em tempo integral oferta diversas áreas do conhecimento. (Foto: José Aldinan)

Problemas

Apesar do destaque no ensino integral, Ponta Grossa ainda encontra alguns deficits relacionados à educação de crianças de um a três anos. Em maio de 2017, de acordo com os dados do Ministério da Educação, apenas 2.319 crianças estavam matriculadas nas creches em tempo integral. Outros municípios do mesmo porte, como Maringá, por exemplo, estavam com 6.814 alunos. Cascavel também ficou à frente de Ponta Grossa com 3.713 crianças matriculadas.

Outro problema, segundo o balanço do governo federal, apontou um número baixo de alunos matriculados em Ponta Grossa com algum tipo de deficiência. A educação especial estava com 267 alunos em 2017, enquanto que Londrina estava com 736 crianças matriculadas, Cascavel com 697 e Foz do Iguaçu com 726.

Justificativa

A Secretaria de Educação de Ponta Grossa reconhece que o deficit de vagas nas creches e aponta que, atualmente, 1450 crianças estão na fila de espera. "Como o ensino até três anos não é obrigatório, a Prefeitura trabalha na ampliação das vagas para suprir esta demanda. E, enquanto isso, prioriza 100% a faixa etária dos quatro anos que precisam estar na escola de forma obrigatória", informou a pasta.

Com relação à educação especial, a Secretaria de Educação alegou que todas as crianças com algum tipo de deficiência estão sendo atendidas em Ponta Grossa.

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