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Em três anos, Ponta Grossa teve crescimento populacional de 6,2%

Marco Favero

Ponta Grossa é umas das opções de escolha de pessoas que procuram oportunidades de emprego

 

 

De acordo com o último censo de 2010 divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Ponta Grossa tinha uma população de 311. 611 habitantes. Neste ano, a estimativa populacional foi de 331.084 habitantes. O crescimento representa 6,2%. É possível notar que o município cresce a cada ano se analisar as estimativas de habitantes de 1993 (242.026), 2003 (286.685) e 2013 (331 mil).

De acordo com Luiz Alexandre Gonçalves Cunha, professor de pós-graduação em Geografia e Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), o crescimento de Ponta Grossa foi menor que outras cidades de mesmo porte, a exemplo de Maringá, que em três anos cresceu 8,0% e Cascavel e 6,8%.

“Das três cidades, a menor estimativa de crescimento ainda é de Ponta Grossa, porém o município não está fora dos padrões populacionais de cidades médias. Mesmo que o número seja pequeno – se comparado aos outros municípios – porém, a cidade continua atraindo um grande número de pessoas que moram em municípios menores e que buscam opções de emprego em Ponta Grossa”, explica.

Cunha mostra que Curitiba teve um crescimento de 5,5%, menor que Ponta Grossa. Segundo ele, a justificativa para um município de médio porte ter um crescimento maior são melhores condições de qualidade de vida. “O trânsito, a insegurança e a mobilidade urbana tem feito com que cidades menores que as capitais sejam escolhidas pelas pessoas”, conta.

De acordo com o chefe do IBGE no Paraná, Silval Dias dos Santos, a justificativa para este crescimento está atrelado ao desenvolvimento industrial da cidade. “Ponta Grossa é uma cidade polo que vem recebendo a população de outros municípios menores, devido a instalação de diversas fábricas na região. Isso faz com que pessoas de outras cidades venham até o município em busca de empregos”, explica.

Aspecto negativo

Segundo o secretário de Planejamento, João Ney Marçal Júnior, o aspecto negativo desse crescimento populacional é a ampliação significativa do perímetro urbano, com aumento da demanda de serviços públicos. “O simples crescimento populacional é preocupante demais quando não acompanhado de ações que estimulem a elevação da renda média, com elevação significativa do Produto Interno Bruto (PIB); aumentar a população sem estimular aumento da riqueza em proporção ainda maior é muito ruim, pois gera um perverso empobrecimento médio”, avalia.

 

De acordo com Marçal, o estímulo ao desenvolvimento sólido de áreas comerciais descentralizadas é um dos projetos para melhorar a infraestrutura da cidade. “A modernização do sistema de transporte público, a criação de vias de mobilidade adicionais com a qualificação de vias existentes ou abertura de novas vias, a implantação de empreendimentos institucionais e de lazer nos conjuntos habitacionais, são algumas ações concretas que definimos e que serão objeto de leis regulamentadoras”, afirma.

 

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