O número de famílias endividadas permanece estável no Paraná. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR) 90,8% dos paranaenses possuíam algum tipo de dívida no mês de agosto. O percentual vem se mantendo estável desde junho, quando era 90,6%. Em julho, a parcela de endividados permaneceu em 90,7%.
Apesar da estabilidade do endividamento, a parcela de consumidores com contas em atraso passou de 28,7% em julho para 30,7% em agosto. Enquanto isso, as famílias sem condições de pagar suas dívidas correspondem a 10% ante 10,6% em julho.
A média nacional também ficou estável e atingiu 64,8% em agosto ante 64,1% em julho.
Síntese dos resultados (% em relação ao total de famílias) | ||||||
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Paraná | Nacional | |||||
Mês | Total de Endividados | Com contas em atraso | Sem condições de pagar | Total de Endividados | Com contas em atraso | Sem condições de pagar |
Agosto de 2018 | 89,1% | 29,5% | 10,9% | 60,7% | 23,8% | 9,8% |
Julho de 2019 | 90,7% | 28,7% | 10,6% | 64,1% | 23,9% | 9,6% |
Agosto de 2019 | 90,8% | 30,7% | 10,0% | 64,8% | 24,3% | 9,5% |
Na segmentação por renda, observa-se redução no endividamento entre as famílias com renda mensal acima de 10 salários mínimos, que atingia 95,21% em julho e baixou para 90,48% no mês passado. Por outro lado, o endividamento teve ligeiro aumento entre as famílias com renda abaixo de 10 salários mínimos, que correspondiam a 89,69% em julho para 90,48% em agosto.
A maioria dos paranaenses (44,6%) considera ter nível mediano de endividamento, enquanto 32,5% se consideram muito endividados e 13,7% acreditam ter poucas dívidas.
Entre as famílias com contas em atraso, em 43,07% dos casos esse atraso é superior a 90 dias e, portanto, podem ser consideradas inadimplentes.
Tipo de dívida
O cartão de crédito é o principal motivo de endividamento, com 76,4%, seguido pelo financiamento de veículo (8,4%) e pelo financiamento imobiliário (7,3%).