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Entidades atestam qualidade da água da região

Entidades ligadas ao meio ambiente garantem a boa qualidade da água do Rio Pitangui, responsável por grande parte do abastecimento de Ponta Grossa. Um relatório do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua), do Ministério da Saúde, apontou a presença de 27 produtos químicos nas águas do Pitangui. O número, que parece alarmante, é tranquilizado por representantes do Comitê de Água do Rio Tibagi.

Baseado nos dados feitos a partir da coleta sistemática da água bruta do Tibagi, ou seja, antes de passar pelo tratamento, realizada anualmente pela Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), representantes das entidades constataram que os produtos encontrados estão em quantidades insignificantes, fator que não representa perigo de contaminação à população.

"Com base na lista dos 27 princípios ativos encontrados, verificamos que a grande a maioria dos produtos são da década de 1970, época em que a agricultura estava começando na região, e que hoje não mais comercializados em Ponta Grossa", explica o engenheiro agrônomo e produtor rural, Ricardo Johansen, conselheiro do Comitê de Água do Rio Tibagi.

Ricardo Johansen – engenheiro agrônomo e conselheiro do Comitê de Água do Rio Tibagi. Foto: José Aldinan

Johansen comenta que a lista da Sanepar apresenta valores permitidos da quantidade de cada produto na água. "Todos os 27 produtos químicos apresentados na lista da Sanepar não representam quantidade acima do normal. Por exemplo, na análise foram encontrados, no Rio Pitangui, 0,005 ug/L (micrograma por litro) do composto químico Aldrin, enquanto o permitido é 0,03. Isso também ocorreu com outros produtos, resultados muito inferiores do permitido", disse o engenheiro agrônomo.

Retidos no solo

Ricardo explica ainda que muitos destes produtos eram utilizados para o tratamento de sementes nos anos 70, no entanto, os resíduos apresentam uma particularidade e estão retidos no solo.

"Mesmo que não sejam mais fabricados e aplicados, eles estão retidos e com a água da chuva, acabam escoando para rio. Porém, a quantidade apresentada é quase nula, levando em consideração que a água ainda passará pelo tratamento da Sanepar. O que queremos dizer é que os resultados não são alarmantes e muito menos preocupantes", finaliza Johansen.

Tratamento

De acordo com a Sanepar, a água captada no Rio Pitangui passa por todo um processo de tratamento até chegar nas casas. São diversas etapas até que esteja totalmente própria para consumo. Os processos envolvem a retirada da sujeira; filtração, desinfecção através de um tratamento com cloro e correção da acidez. Confira as etapas no quadro.

Fonte: Sanepar

Sanepar garante qualidade

Em nota, a Sanepar informou que garante a qualidade da água que distribui à população do Paraná em 345 municípios e de Porto União (SC). A Companhia disse ainda que segue rigorosamente a legislação brasileira que determina os parâmetros da potabilidade da água para abastecimento público.

A Sanepar disse ainda que não foi detectada presença de agrotóxicos em nenhuma análise realizada pela empresa acima do Valor Máximo Permitido (VMP) pela Portaria de Consolidação 5, anexo XX, do Ministério da Saúde, conforme histórico disponibilizado a este Ministério.

"Quatro laboratórios da Sanepar realizam semestralmente análises de agrotóxicos de todas as localidades atendidas pela empresa, conforme determina a legislação do Ministério da Saúde. São investigados 27 tipos de agrotóxicos e, em todos os testes, os resultados ficam abaixo dos limites permitidos, ou seja, não foi detectada a presença de agrotóxicos na água distribuída para a população" informou a empresa.

A Sanepar, por meio da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), e a Associação das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe) estão pedindo esclarecimentos ao Ministério da Saúde sobre os valores disponibilizados com relação à presença de agrotóxicos na água usada para consumo humano, para não ocorrer interpretação equivocada como ocorreu no material divulgado.

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