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Erva-mate paranaense é apresentada na Feira Internacional da Indústria de Kobe

Representantes da cadeia produtiva da erva-mate do Paraná apresentaram na quarta-feira (8) ao secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, George Hiraiwa, amostras do produto que deverão ser levadas a evento técnico no Japão, em setembro.
O evento celebrou os 150 anos de Hyogo – Feira Internacional da Indústria de Kobe, em que serão discutidas ações de intercâmbio e parcerias entre o Japão e outros 20 países. O Paraná é o maior produtor de erva-mate do Brasil.
A erva produzida no Estado tem o diferencial da origem nativa, sombreamento, genética local, clima e solo, por exemplo. Hiraiwa destacou a força produtiva do Estado e a importância de levar esse produto para outros mercados. “Secretaria e Emater vão trabalhar em conjunto. Vamos buscar articular uma audiência pública para discutir melhorias para o setor”, diz o secretário.
Levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura, aponta que em 2016 foram produzidas 464 mil toneladas de erva-mate no estado, totalizando valor de produção de R$ 440 milhões. Segundo o economista do Deral, Marcelo Gomes, os maiores produtores são os municípios de Cruz Machado, que somou 83 mil toneladas em 2016, São Mateus do Sul (65 mil toneladas), Bituruna (43 mil toneladas), General Carneiro (33 mil toneladas) e Paula Freitas (31,8 mil toneladas).
O gerente regional do Emater em União da Vitória, Cleacir Junior Dallagnol, explica que a Secretaria e a Emater têm projeto estratégico para a erva-mate, priorizando boas práticas agrícolas e estimulando a inovação tecnológica. “Cerca de 80% da erva-mate vai para o chimarrão, mas nós precisamos avançar para outros subprodutos, para que a cadeia produtiva conquiste mais rentabilidade e diversificação”, diz. 
Os produtores paranaenses têm buscado inovação nas variedades e formas de consumo da erva-mate além do chimarrão e tereré, com texturas e sabores diferenciados, como chá-mate tostado em pó e mateSpresso. 
O prefeito de São Mateus do Sul, Luiz Adyr Gonçalves Pereira, falou sobre a importância desse mercado para o Paraná e a necessidade de alcançar mais espaço. “A erva-mate emprega muita gente. Em São Mateus do Sul, conseguimos manter 40 % da população na atividade rural, morando no interior, graças à produção da erva-mate. Por isso, entendemos que é preciso intensificar não só a produção, mas também o mercado consumidor, para que se tenha cada vez qualidade de vida”, diz. A cidade tem aproximadamente 10 mil produtores.
O setor empresarial está desenvolvendo novos padrões de consumo da erva-mate e busca mercados tanto no Brasil quanto no Exterior. É o que diz o empresário Heroldo Secco Junior, representante da Mate Tea >From Brasil. “Em 2010, criamos um projeto chamado 'Revolução Baristea'. A ideia é que o mate seja entregue para o barista de modo que ele possa aplicar as técnicas que já conhece. Com isso, nós resgatamos a tradição do mate brasileiro. O mate latte [com leite] já é realidade na Europa, e está entrando em alguns mercados nos Estados Unidos. No Brasil, teremos bastante surpresas com esse produto”, afirmou. 
 

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