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Escarpa Devoniana: Embrapa confirma números da Fundação ABC

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Territorial entregou, no dia 16 de agosto, um estudo solicitado pela FAEP sobre a preservação nas Áreas de Proteção Ambiental (APA) da Escarpa Devoniana. O material consiste em uma pesquisa que compara, por meio de análise de imagens de satélite, o perfil de florestas nativas em 2008, antes do período determinado como base comparativa pelo novo Código Florestal, e 2017 (últimos dados disponíveis). Entre as principais conclusões está o fato de que o volume preservado está praticamente inalterado nesse período, evoluindo de 123,7 mil hectares para 127 mil hectares. Os dados confirmam o levantamento anterior realizado pela Fundação ABC.

Gustavo Spadotti Castro e Ângelo Mansur Mendes, pesquisadores da Embrapa Territorial, fizeram a apresentação do material na sede da FAEP, em Curitiba. Acompanharam a explanação Ágide Meneguette, presidente da Federação; Geraldo Melo Filho, superintendente do SENAR-PR, além de técnicos e assessores da casa. Também estiveram no encontro representantes dos sindicatos rurais de Castro, Carambeí, Ponta Grossa e Palmeira; Ocepar; Instituto Ambiental do Paraná (IAP); Fundação ABC; Embrapa Florestas; Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab) e Instituto Agronômico do Paraná (Iapar).

Meneguette ressaltou que a Federação acompanha os debates relacionados à Escarpa, e atua em defesa dos interesses dos produtores que estão há gerações no local produzindo alimentos, gerando renda e empregos. “Encomendamos esse estudo que nos trouxe importantes informações, comprovando o zelo que os agricultores e pecuaristas têm com o meio ambiente em suas propriedades. São os produtores rurais que mais preservam o meio ambiente no Paraná. Nos Campos Gerais isso não é diferente”, disse.

Para Mendes, chama a atenção o fato de, mesmo com os aumentos de produção registrados pelo agronegócio, não haver uma pressão sobre as áreas com florestas nativas. “O que chama a atenção foi justamente isso, a não alteração significativa, em nove anos, mesmo com uma agricultura pujante. Mesmo com o aumento da produção, vemos que a natureza está sendo preservada”, comentou.

Fundação ABC já apontava panorama da preservação

A área da Escarpa Devoniana abrange parte dos municípios da Lapa, Balsa Nova, Porto Amazonas, Palmeira, Campo Largo, Ponta Grossa, Carambeí, Castro, Tibagi, Piraí do Sul, Jaguariaíva e Sengés. Rodrigo Tsukahara, pesquisador da Fundação ABC, lembrou, durante o encontro, que a entidade já tinha feito uma pesquisa nesse mesmo sentido. Esse material foi divulgado em março de 2017, em uma audiência pública sobre a proposta do governo do Paraná em trâmite na Assembleia Legislativa que
altera os limites da APA da Escarpa Devoniana. “Na época, nosso estudo teve sua imparcialidade e metodologia questionada. Esse trabalho da Embrapa valida muita coisa da metodologiautilizada. Não muda nada da situação atual da discussão, já que o resultado é muito parecido”, disse.

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