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Exportações de PG superam US$ 1,15 bilhão

Foto: Arquivo DC

A industrialização de Ponta Grossa nos últimos anos gerou não somente emprego para a população, mas movimentou a balança comercial do Município. Enquanto em 2010 as empresas locais exportaram US$ 910,93 milhões em mercadorias e para países diversos, em 2015 foram US$ 1,15 bilhão, crescimento de 26,32%. Os números são do Ministério do Desenvolvimento e Comércio Exterior (MDIC).

Apesar da variação cambial, com forte valorização da moeda americana nestes últimos dois anos, as exportações seguem com bons números. Nos seis primeiros meses de 2016 as indústrias negociaram mais de US$ 770,39 milhões.

As importações também cresceram nos últimos cinco anos, passando de US$ 264,79 milhões em 2010 para US$ 397,93 milhões em 2015, incremento de 50,28%. O movimento, positivo nos dois casos, porém com importação menor que a exportação, contribuiu para o saldo da balança comercial, que em 2010 fechou em US$ 646,13 milhões, já no ano passado em US$ 752,83 milhões.

No acumulado deste ano (janeiro a julho), as compras de outros países por indústrias locais geraram uma movimentação de US$ 223,10 milhões. No mesmo período de 2015 foram US$ 270,55 milhões.

Exportações

Ao longo destes últimos cinco anos, houve mudança no perfil das exportações. Em 2010, por exemplo, o produto que dominou o ranking das principais mercadorias exportadas foi o frango (pedaços e miudezas comestíveis e congelados). Foram mandados para o exterior mais de US$ 196,21 milhões, representando 21,54% de tudo o que foi exportado naquele ano. O número é ainda maior se considerado somente a carne (não cortada em pedaços), que movimentou mais US$ 83,35 milhões.

Em 2015 este produto já não aparecia mais na lista. A soja passou a dominar o topo, com mais de US$ 800 milhões exportados no ano, ou seja, 70% das exportações.

 

Divulgação

Soja está no topo das exportações de Ponta Grossa

Foto: Arquivo

 

 

Perfil das importações também mudou

Entre os importados em 2010 o destaque eram os produtos voltados para a estruturação do setor industrial, como, por exemplo, os laminados de ferro e aço, serras com motor elétrico, máquinas e ferramentas, justamente o que justifica a industrialização.

Já no ano passado, a agricultura, que movimentou as exportações, também refletiu no mercado importador. Através da soja (triturada) foram importados US$ 68,44 milhões, 17,21% do total. As ferramentas pneumáticas, hidráulicas ou de motor (elétrico ou não) passaram a representar 9,73%, com US$ 38,71 milhões. Claro que se considerado as demais máquinas a participação aumenta.

Agronegócio impulsiona o desenvolvimento

Para o presidente do Sindicato Rural de Ponta Grossa, Gustavo Ribas Netto, Ponta Grossa é um polo industrial no Estado e isto favorece cada vez mais novos investimentos. “Como um excelente polo logístico  e bem estruturado tem ganhado destaque nesse setor. Acontece que esse polo vem lastreado pelas indústrias ligadas ao agronegócio o que nos permite falar que o desenvolvimento do Município é baseado no agronegócio”, fala.

Como exemplo o presidente cita “as cooperativas, moinho de trigo, Ambev, empresas como Cargill, Louis Dreyfos, Masisa e muitas outras, todas ligadas ao agronegócio e isso deve continuar com o processo contínuo de industrialização dos produtos primários. Ao invés de produzirmos leite estamos produzindo iogurte, manteiga, produtos pasteurizados, etc… e isso vem acontecendo com todo o agronegócio. Por isso o investimento no agronegócio é essencial para o desenvolvimento. Não podemos ver esses investimentos como custo e sim como a geração de receita para todos os Campos Gerais”, analisa.

 

Gustavo: “o investimento no agronegócio é essencial para o desenvolvimento”

Foto: Arquivo

 

 

 

 

 

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