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Exportações de Ponta Grossa mais do que dobraram neste ano

Quinta cidade no ranking paranaense relativo a exportações e também importações, neste ano, até o último mês, Ponta Grossa registrou US$ 457,71 milhões na balança comercial. O valor é calculado diminuindo o total de produtos comprados de outros países (US$ 282,55 milhões) da quantia de produtos vendidos no comércio exterior (US$ 740,26 milhões). Os dados são do Ministério da Economia.

Foi verificado um aquecimento nas relações comerciais internacionais do município: as exportações cresceram 136,5% e as importações 19,4%, ambas puxadas pelas categorias de principais produtos comercializados.

Entre as exportações é a soja, considerando os resíduos sólidos de extração do óleo. O aumento, relativo ao verificado em 2018 é de 690,6%. Considerando os outros derivados do grão – além da própria soja (mesmo que triturada), o óleo de soja (não quimicamente modificado) – o produto é responsável por 80,9% do montante total; em reais, o correspondente a aproximadamente R$ 2,3 bilhões vendidos por Ponta Grossa em sete meses.

Já entre as compras internacionais a principal categoria é a de máquinas, materiais elétricos e suas partes, que detém 37,3% do valor total investido na importação. Dentro dela, o maior crescimento foi registrado na compra de partes e acessórios de veículos, que aumentou 62,9% neste ano em relação a 2018, quando, então, já havia crescido 103% na comparação com 2017.

 

Acordo com a União Europeia pode alavancar comércio local

Quando avaliados os principais parceiros comerciais de Ponta Grossa, considerando apenas países isolados a China ocupa o primeiro lugar tanto na exportação quanto na importação (15% e 17%, respectivamente). Porém, quando a análise é feita por continentes, a Europa desponta como a responsável por 38,6% das compras de produtos ponta-grossenses e 53,6% das vendas à cidade.

Para o presidente do Sindicato Rural de Ponta Grossa, Gustavo Ribas Netto, o acordo de livre comércio firmado em junho entre o Mercosul e a União Europeia gera expectativas de crescimentos ainda maiores. “O acordo ainda depende da sinalização de alguns países, mas abre novas perspectivas. O produtor sempre trabalha em cima de uma demanda, e isso varia de acordo com as tendências; produtos orgânicos, convencionais ou transgênicos, seja o que forem, há a adaptação”, avalia o representante do setor.

Juntos, os dois blocos representam cerca de 25% da economia mundial e um mercado de 780 milhões de pessoas. Porém, conforme destaca Ribas Netto, é preciso que as definições quanto ao acordo sejam definidas para que a produção possa ser repensadas. “Cada país tem suas próprias condições comerciais e sanitárias. Hoje a soja é o produto que mais dá garantia ao produtor por ter comércio a nível mundial e rentabilidade, mas o valor agregado do hortifruti, por exemplo, é maior – e sempre outros produtos podem ter destaques diferentes de acordo com o eu destino”, analisa o presidente do sindicato.

Outro exemplo que ele cita é a atenção que os produtores devem ter quanto aos novos mercados. “Em Witmarsum, por exemplo, eles vendem leite através de queijo, que tem variedades que podem custar até R$ 70 o kg. Isso é agregar valor”, aponta Gustavo.

 

Exportações

2018: US$ 313,05 milhões

2019: US$ 740,26 milhões

Importações

2018: US$ 236,67 milhões

2019: US$ 282,55 milhões

Saldo

2018: 76,38 milhões

2019: 457,7 milhões

*Os dados são relativos ao período de janeiro a julho e foram divulgados pelo Ministério da Economia

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