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Furto de fiação elétrica deixará 180 crianças sem aula no Jardim Canaã

O furto da fiação elétrica do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Professora Maricy Cardozo Teixeira Pinto, no Jardim Canaã, em Ponta Grossa, deixará 180 crianças sem estudo, alimentação e lazer ao longo desta semana. De acordo com informações da Secretaria Municipal de Educação (SME), a fiação foi cirurgicamente cortada e retirada por ladrões na madrugada de terça-feira (16).

Segundo a Prefeitura Municipal, o prejuízo inicial, levando em conta somente os danos materiais, é estimado em R$ 10 mil – sem levar em consideração o investimento do poder público nas horas pagas aos professores e o prejuízo aos familiares dos alunos.

Com a falta de energia, não será possível realizar o atendimento a partir desta quarta-feira (17), pelo menos até sexta (19). “Nesta terça nós recebemos os alunos e houve condições de atendimento, pois havia alimentação e água. Porém, não será possível para os próximos dias sem a energia elétrica”, conta a diretora Ana Paula Ribeiro Gomes Moreira.

Ainda segundo a Secretaria de Educação, chama a atenção o trabalho 'profissional' feito pelos ladrões da fiação elétrica. "Os cortes foram realizados nos pontos exatos para aproveitamento dos cabos, com precisão. Agora, sem a energia não falta apenas luz nas salas, mas também é impossível armazenar alimentos perecíveis ou operar a bomba d’água", informou a pasta através de nota.

A Educação já iniciou as ações necessárias para realizar uma instalação provisória e, posteriormente, licitar uma instalação definitiva. Nilcéia Mottin de Andrade, coordenadora da Educação Infantil da SME, explica que a solução não é imediata.

“Infelizmente, agora, precisamos repor essa fiação que foi furtada, o que leva alguns dias. Em função disso, precisaremos dispensar as aulas nessa semana. O Cmei já está avisando as famílias e os pais, infelizmente, precisarão ficar com as crianças ou buscar uma atividade alternativa para elas, até que a situação seja normalizada”, afirma Nilcéia.

Prejuízos

Invasões e vandalismos em prédios públicos de Ponta Grossa têm se tornado cada vez mais comuns. Desde a metade do ano, já foram registrados diversos casos de depredações e furtos nas Unidades Básicas de Saúde do município.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, anualmente, são gastos R$ 300 mil para consertar os estragos causados pelos vândalos. O investimento com a manutenção poderia comprar uma ambulância nova para o município e reformar, pelo menos, duas unidades de saúde.

Além disso, os R$ 300 mil utilizados com vandalismo poderiam, ainda, pagar o salário dos servidores de pelo menos uma unidade básica, incluindo médicos; enfermeiros; zeladores e equipes de saúde da família, durante o período de um ano. A Prefeitura Municipal ressalta ainda que, muitas vezes, precisa retirar dinheiro dos cofres públicos para reparar todos os estragos.

 

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