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Governo destaca aumento salarial, mas servidores mantêm greve

Mesmo apontando um crescimento da média salarial das principais carreiras do funcionalismo no Estado, o governo do Paraná não conseguiu inibir o início de uma greve de diversas categorias do funcionalismo. A partir de hoje, servidores de várias áreas prometer cruzar os braços em protesto pelo pagamento da data-base.

Segundo o governo estadual, a média salarial para diversos servidores cresceu entre 8,2% e 33,9% de 2016 a 2019. Mesmo sem a concessão de reajustes, o salário aumentou por conta avanços de carreira concedidos pelo Governo do Paraná.

O maior crescimento foi registrado entre 17 mil funcionários da rede estadual de educação. Na média, o vencimento deste grupo subiu de R$ 3.319 para R$ 4.443 em três anos, o que representa um aumento de 33,9%.

No mesmo período, os cerca de 60 mil professores do quadro próprio do Estado tiveram um aumento de 16,9% no salário médio, que passou de R$ 4.460 para R$ 5.215. Na saúde, 6.762 servidores registraram um incremento de 19,3% entre 2016 e 2019, com a média salarial subindo de R$ 5.688 para R$ 6.785.

Entre as principais categorias do Estado, também consta o aumento de 15,6% na carreira da Polícia Militar, com 19,6 mil militares; de 12% do Quadro Próprio do Executivo (8.832 servidores); e de 8,2% da Polícia Civil (3.874). Hoje a média salarial dessas categorias é de, respectivamente, R$ 5.796, R$ 8.127 e R$ 8.457.

Motivo

A APP-Sindicato, entidade que representa os professores da rede estadual de ensino, participa das mobilizações nesta terça-feira (25). Segundo o sindicato, os salários dos servidores estaduais está congelado há quatro anos e a defasagem chega a 17%. Além do pagamento da data-base, o funcionalismo quer o arquivamento do Projeto de Lei Complementar 04/2019, que condiciona a reposição ao valor de investimento aplicado pelo Estado. Entidades que representam policiais civis, policiais militares, servidores da saúde e agentes penitenciários também participam da greve.

A Seção Sindical dos Docentes da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Sinduepg) deve iniciar a paralisação amanhã. O indicativo de greve foi aprovado semana passada, em assembleia. “A aprovação do indicativo de greve é um sinal de que a ausência de diálogo com o governo está se esgotando e que limitamos o tempo para negociações. A partir de agora, ou define, ou entramos em greve”, defende o presidente do Sinduepg, Marcelo Ubiali Ferracioli.

Em entrevista à imprensa, na última quinta-feira, o governador Ratinho Junior (PSD), disse que deseja conceder o aumento, entretanto, o Estado não tem dinheiro. (Com Agência Estadual)

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