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Governo libera R$ 12,5 bi para financiar safra agrícola de 2018/2019

O governo federal liberou R$ 12,5 bilhões para financiar o custeio da safra agrícola de 2018/2019. O lançamento do custeio antecipado da nova safra foi feito pelo presidente do Banco do Brasil, Paulo Cafarelli, em cerimônia realizada na zona rural da cidade de Rio Verde (GO).

Os recursos representam montante 16% superior ao valor liberado no ano passado e servirão para adquirir insumos e serviços agropecuários para as lavouras de soja, milho, arroz, algodão e café. O objetivo do lançamento, segundo Cafarelli, é evitar que o produtor fique refém do fornecedor, além de contribuir para a sustentabilidade do agronegócio e da melhora do Produto Interno Bruto brasileiro e aumento da renda

Cada produtor poderá financiar, no máximo, R$ 3 milhões. Para os médios produtores que integram o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), os recursos serão disponibilizados com taxas de 7,5% ao ano. Para os outros produtores, o banco oferece financiamento com encargos de 8,5% ao ano. Modalidades alternativas de financiamento serão disponibilizadas para os produtores que demandam valores superiores ao limite do plano.

Também participaram do evento o presidente Michel Temer, os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, da Integração, Hélder Barbalho, e das Cidades, Alexandre Baldy, o governador de Goiás, Marconi Perillo, entre outras autoridades.

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, realçou o  discurso de temor em relação à queda da renda do produtor rural. Durante evento em Rio Verde (GO), no qual o Banco do Brasil (BB) anunciou a liberação do dinheiro em pré-custeio para o financiamento da aquisição antecipada  para a nova safra, Maggi afirmou que a produção brasileira cresce safra após safra, mas a renda continua recuando.“O produtor cresce, mas a renda e as margens se mantêm diminuindo e isso é sinal de alerta. A continuar no atual ritmo, provavelmente em dois anos teremos situação de não renda”, completou Maggi.

O agronegócio tem sido um dos principais fatores para a recuperação da economia do Brasil, de acordo com o balanço divulgado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o superávit do agronegócio foi o segundo maior da história do país.  O resultado nas exportações implicou em um superávit na balança comercial do agronegócio diante das importações, com valor de US$ 81 bilhões, mais de US$ 10 bilhões de diferença  no comparativo em relação ao ano de 2016. Segundo o Ministério, o complexo de soja, produtos florestais, carnes, cereais e o complexo sucroalcooleiro foram os principais produtos exportados no ano de 2017.

O analista de mercado, Gilmar de Oliveira, explica que esse investimento é importante justamente por conta que assim o produtor pode adiantar certos gastos que ele tem para cultivas as plantações ao longo do ano. “Não dá para cobrir todos os gastos de produção, mas ajuda a comprar um ou dois insumos, por exemplo”, conta. Além disso, Oliveira detalha que a agricultura possui um custo mais alto que a pecuária, já que em um período de seis meses já é possível plantar, colher e vender, enquanto o setor pecuário é a longo prazo, demorando anos.  O custeio auxilia para a plantação, ao longo do ano são feitas outras linhas de custeio pra outras partes do processo da agricultura. “Primeiro a verba para auxiliar a plantação e depois para cuidar de outros processos, pois a plantação é a parte mais importante”, diz. Ele complementa que os produtores precisam estar em dia com suas finanças no banco para conseguir utilizar esse crédito disponível.

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O presidente Michel Temer e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, se encontraram durante a cerimônia

 

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