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Grupo de Illinois visitará a região

Luciana Brick

Grupo dos Campos Gerais conhece campo experimental da Universidade de Illinois

 

 

Lavouras de soja e milho dos Campos Gerais despertam interesse dos americanos. Universidade integrou roteiro da comitiva que visita EUA

O Departamento de Agricultura da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, quer organizar uma viagem técnica para a região dos Campos Gerais. A ideia é levar um grupo de estudantes da instituição para conhecer algumas propriedades de milho e soja, bem como visitar as instituições de ensino superior de Ponta Grossa. A informação é do professor e coordenador de Programas Internacionais da Universidade de Illinois, John W. Santas, que acompanhou por dois dias a equipe de produtores, técnicos e representantes de cooperativas rurais de Castro, Carambeí, Ponta Grossa, Arapoti, Santo Antônio da Platina e Itaberá (São Paulo), que fizeram uma visita técnica ao país americano.   

Esta não será a primeira vez que o professor comandará uma missão ao Paraná. Santas, que morou dois anos em Brasília, acompanhou vários grupos de alunos à região. “Os nossos estudantes saem daqui sem noção do que irão ver e voltam com muita experiência. As empresas daqui gostam de contratar alunos que conhecem tecnicamente o Brasil”, relata. Mas, as lavouras americanas não seguem o mesmo sistema e tecnologias das aplicadas em campos brasileiros. “Temos algumas semelhanças, mas não aplicamos aqui o que vemos aí. Conhecemos, mas não fazemos a aplicação por diferenças climáticas e de solo”, explica.

Ele relata que, nesta safra, os Estados Unidos irão colher um volume menor de soja e milho. O calor atípico e a seca estão interferindo no desenvolvimento das plantas e consequentemente na produtividade. O momento é de preocupação, conforme o professor, já que situação semelhante foi registrada em 1985. Mesmo colhendo menos, os Estados Unidos não deverão importar soja e milho de outros países, mas deixarão de exportar. “Talvez o Brasil tenha condições de exportar para os países que estão comprando de nós”, comenta.

A interferência do clima nas lavouras é visível em praticamente todas as regiões daquele país. A fazenda da Universidade de Illinois mantém um campo experimental onde os alunos realizam estudos. O grupo dos Campos Gerais conheceu o local e recebeu informações diversas. A propriedade tem área de 2.400 hectares, sendo 1.200 voltadas ao plantio de soja e milho.  

Missão

Segundo Santas, a viagem que está sendo programada ao Brasil deve ocorrer entre janeiro e fevereiro do próximo ano. Ainda não se tem o número exato de estudantes que deverá compor a missão, mas Santas destaca que o professor Cláudio Puríssimo, do curós de Agronomia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), é um grande incentivador destas viagens. “O Cláudio estudou na Universidade de Illinois. Foi lá que nos conhecemos e através dele começamos as viagens técnicas à região de vocês”, conta. A vinda aos Campos Gerais será organizada com a ajuda da NPK Consultoria Empresarial (Nadiel Pacheco Kowalski) e da AgTours.US (parceira da NPK nos Estados Unidos).

 

Viagem técnica chega ao fim

 O Diário dos Campos encerra hoje a cobertura especial da viagem técnica aos Estados Unidos, feita por uma comitiva dos Campos Gerais, que teve início no dia 25 de agosto e está terminando hoje. Durante os 10 dias, o DC acompanhou o grupo de 26 pessoas formado por produtores rurais, técnicos, profissionais liberais e diretores de cooperativas dos Campos Gerais que visitou fábricas de multinacionais como Pionner, Syngenta, Monsanto e John Deere, além de conhecer a maior feira de máquinas e equipamentos agrícolas dos EUA, a Farm Progress Show.

 

 

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