A população ponta-grossense pode ser dividida, basicamente, em dois grupos: aquelas pessoas que, estando no Centro, fazem questão de passar pelo calçadão da rua Coronel Cláudio, e as que evitam passar pelo local a qualquer custo. Os motivos são os mesmos, incluindo o grande movimento de pessoas, a venda dos camelôs, e a disputa por caminhar sob as marquises em dias de chuva, por exemplo. Mas há um terceiro grupo, formado por aqueles que trabalham no calçadão, e que têm ali uma oportunidade.
A tarde desta quinta-feira (5) foi de chuvisco gelado. Os aplicativos de smartphone garantiam algo entre 13ºC e 12ºC, mas em meio ao frio que obrigava a maioria a caminhar agasalhada estava ele, o homem-aranha. Não aquele com superpoderes, é claro, mas outro talvez mais corajoso. Ele enfrentava as baixas temperaturas com o traje que não protegia muito mais além de sua identidade secreta.
A reportagem do DC conseguiu seu primeiro nome: Luciano que, nascido na região norte do Paraná – provavelmente em cidade com temperaturas um pouco mais altas – escolheu Ponta Grossa para viver, e aqui permanece há mais de 30 anos. “Já faço cosplay há uns três anos”, contou. Bem humorado, ele aceitou fazer pose para o fotógrafo, em meio ao trabalho de divulgar a inauguração de uma nova loja. Nesta sexta-feira (6) ele deve voltar ao trabalho. O frio não vai levar a melhor.