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Hospital da Criança deve concluir obras para receber maternidade em até 35 dias

A Associação dos Amigos do Hospital da Criança (AAHC), de Ponta Grossa, entidade responsável por ajudar a realizar obras de melhorias na casa hospitalar, deverá concluir parte da readequação para que ocorra a transferência da maternidade que hoje está localizada no Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais (HURCG).

A conclusão deverá acontecer em torno de 35 dias e, em paralelo, o Universitário já pode iniciar a transferência dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal que ficará localizada em outro espaço. 

O anúncio da transferência da maternidade aconteceu no final de abril quando o governador Carlos Massa Ratinho Junior esteve em Ponta Grossa para anunciar o repasse de R$ 28 milhões destinados ao ações de combate ao coronavírus na cidade. As verbas são destinadas à ampliação da capacidade de leitos do HU, à transferência da ala da maternidade para o Hospital da Criança e ao custeio das estruturas hospitalares.

Dentre os investimentos, o Estado repassou R$ 4 milhões para a ampliação de capacidade do Hospital Universitário, e garantiu um valor total de custeio de R$ 7,8 milhões por seis meses. Já o custo para a transferência de leitos materno-infantil será de R$ 2,4 milhões. O Hospital da Criança também terá R$ 13,8 milhões de custeio, por seis meses.

De acordo com o presidente da AAHC, Nelson Canabarro, após a notícia da transferência da maternidade, foi necessário fazer uma readequação das obras que estavam sendo realizadas antes da parceria entre a Prefeitura e o governo do Estado. 

“Desde 2018, a associação tem captado recursos para a realização de diversas melhorias no HC como o centro cirúrgico e as enfermarias, por exemplo. Não esperávamos a notícia da junção com o Hospital Universitário e confesso que fomos pegos de surpresa. O que fizemos então foi desacelerar uma fase das obras e nos reorganizamos para não perdermos dinheiro”, explica. 

Uma comissão então foi criada com representantes da AAHC, Hospital Universitário e UEPG para que um plano de integração e readequação fosse realizado.

“Nós tínhamos um aporte financeiro de R$ 351 mil da DAF para a construção de uma ala nova no hospital com nove enfermarias, além da destinação de R$ 1,16 milhão para a compra de um tomógrafo. Esse foi o nosso ponto de partida para a readequação da maternidade no HC”, explicou Canabarro. 

Readequações no HC

Canabarro lembra que a associação procurou, primeiramente, conversar com a DAF sobre a transferência da maternidade para o Hospital da Criança e explicou sobre a possibilidade de readequação da obras antes prevista para internamento somente de crianças. 

“Tive uma reunião com a empresa sobre a mudança de finalidade. As enfermarias continuariam atendendo crianças, mas também as mães. Eles concordaram e de nove leitos, acabou virando 10 para essa nova ala. Também tínhamos previsto a construção de uma ala para salas administrativas do hospital e, após uma reorganização, conseguimos mais 14 leitos. Então não mexemos no que já havia sido feito e adequamos o hospital para receber a maternidade”, conta. 

Ambulatórios 

O HC também está sendo readequado com dois ambulatórios: um deles para atender as gestantes que aguardam por consultas médicas e também as puérperas, que são as mulheres que deram à luz recentemente. “Em outra ala, nós teremos as enfermarias e as salas pré-parto. A readequação agora já foi definida e está em fase de andamento”. 

Ao todo, o HC terá 34 leitos para atendimento de mães e bebês, além de 30 leitos de enfermaria já existentes no hospital e que foram reformados recentemente através do programa Adote uma Enfermaria, onde empresários da cidade destinaram verbas para modernização dos leitos da casa hospitalar. 

Atualmente, o hospital também está em fase final de instalação do novo tomógrafo. O espaço está sendo decorado com pinturas para que as crianças tenham uma experiência lúdica como se estivessem no fundo do mar durante o exame. “Acredito que essa parte ficará pronta em até 10 dias. Após esse período, o HU já poderá realizar a transferência dos leitos da UTI neonatal”. 

Preocupação 

Por fim, o presidente da AAHC destacou que a reorganização das obras no HC não gerou perdas e danos dos projetos de obras que estavam previstos anteriormente. “Essa era uma preocupação que nós tínhamos inicialmente, pois a verba que tínhamos para a reforma não era nossa, mas sim de empresas que haviam destinado para obras específicas e nós não poderíamos mudar. Mas conseguimos chegar ao menor dano possível. É importante deixar claro que sou totalmente favorável a essa transferência de leitos, pois será um grande ganho para toda a população”. 

Benefícios 

Segundo a Fundação Municipal de Saúde, a mudança de perspectiva de atendimento de complexidade e especialidade no HC vai contribuir para o aumento de cirurgias pediátricas de maior complexidade como a de abdômen, hérnia, apêndice, entre outras. Atualmente, o hospital realiza apenas cirurgias de fimose e retirada de amígdalas. “É a ampliação dos cuidados com a saúde infantil”, informou a pasta.

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