O Hospital Universitário dos Campos Gerais está ajudando mulheres da região que estão na fila para fazer a cirurgia de reconstrução da mama. As pacientes enfrentaram o câncer e aguardam por uma prótese de silicone disponibilizada pelo SUS.
De acordo com a enfermeira Caroline Simionato Zander, responsável pelo Núcleo de Segurança do Paciente do HU, estas próteses têm um custo alto e, dificilmente, instituições de saúde oferecem os procedimentos de reconstrução da mama em decorrência da falta de verba para comprar o material.
"Algumas instituições não continuam com o procedimento por conta do preço. A verba para a compra das próteses é pública, no entanto, alguns fornecedores acabam colocando o valor acima do que o hospital pode comprar", explica.
Outra situação é a demora para a chegada do material em decorrência dos trâmites burocráticos da compra. "O processo é via licitação e leva em torno de seis a oito meses. Fator que faz com que a fila de pacientes aumente", diz a enfermeira.
Cirurgias
Mesmo que a situação pareça complicada, o HU está conseguindo zerar a fila de pacientes da região. O hospital começou a realizar as cirurgias de reconstrução há cerca de quatro anos. Somente em 2017, foram realizados 11 cirurgias de prótese definitiva de mama e 12 procedimentos para a inclusão de 12 expansores mamários. A compra dos materiais é feita de acordo com o tamanho e formato da mama de cada mulher.
"Estamos comemorando a compra de mais um estoque de próteses e vamos entrar em contato com as pacientes que ainda aguardam. Já temos duas mulheres que estão agendando a data do procedimento", comemora a enfermeira.
Reconstrução
Ainda nesta semana, o hospital realizou a reconstrução da mama de uma mulher de 49 anos. A paciente já havia retirado o tumor e aguardava pela prótese. O procedimento foi realizado pelo médico oncologista Fábio Mansani.
"Realizamos a cirurgia no mês da campanha Outubro Rosa e ressaltamos o direito que as mulheres têm em colocar a prótese de mama. Quando a cirurgia para retirar o câncer é realizada, ocorre também a retirada de uma parte do corpo da mulher. É uma invasão e o nosso objetivo é devolver a mama que ela perdeu por conta da doença", finaliza a enfermeira.