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Iapar confirma nova doença em lavouras de milho

O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) confirmou a ocorrência da estria bacteriana do milho em lavouras das regiões Norte, Centro-Oeste e Oeste do Estado. Até agora desconhecida no Brasil, a doença é causada pela bactéria Xanthomonas vasicola pv. vasculorum, e tem potencial para reduzir à metade o rendimento de grãos em híbridos de milho altamente suscetíveis, segundo o pesquisador, Adriano de Paiva Custódio, do Iapar.

A ocorrência foi constatada primeiramente em áreas experimentais do Centro de Pesquisa Agrícola da Cooperativa Agropecuária Consolata (Copacol), no município de Cafelândia. “Em 2016, percebemos plantas com lesões diferentes do que estávamos acostumados, mas não era um problema evidente e pensamos se tratar de uma doença secundária”, disse o engenheiro-agrônomo, Tiago Madalosso.

Nesta safra o problema se apresentou com maior intensidade. “Verificamos áreas com grande pressão da doença, embora ainda sem registrar comprometimento significativo da produtividade”, acrescenta Madalosso.

Após a análise de plantas doentes encaminhadas ao Iapar, a presença da nova doença em território paranaense foi confirmada e notificada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

“Em laboratório, fizemos análises fisiológicas, bioquímicas e moleculares, incluindo sequenciamento gênico, para não haver dúvidas sobre a identidade do patógeno”, explica o pesquisador do instituto Rui Pereira Leite Júnior, acrescentando que a mera existência de sintomas em plantas não é suficiente para caracterizar um determinado patógeno.

A estria bacteriana do milho já foi registrada na região Oeste (municípios de Cafelândia, Corbélia, Nova Aurora, Palotina, Santa Tereza do Oeste, Toledo e Ubiratã), Centro-Oeste (Campo Mourão e Floresta) e Norte (Londrina, Rolândia, Sertanópolis e Mandaguari).

 

 

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