em

Impacto covid-19: todas as grandes empresas de Arapoti já demitiram

Durante o período de isolamento social cerca de 65% das empresas de Arapoti, cidade da região dos Campos Gerais, fizeram alguma demissão. É o que aponta a pesquisa sobre os impactos da covid-19 na estrutura econômica do município, publicada pelo Núcleo de Economia Regional e Políticas Públicas (Nerepp) da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Analisando o tamanho dos estabelecimentos, percebe-se que todas as de grande porte tiveram demissões; entre as de pequeno porte o percentual é de 90%, entre as microempresas 75%, entre os microempreendedores individuais (MEIs), 58%, e entre as de médio porte, 50%.

O ponto negativo é que dentre as grandes empresas a ocorrência de demissão se apresentou maior, e nestas, o número de empregados é mais elevado, podendo no futuro acarretar uma perda expressiva de empregos no município. Por isso, embora as de grande porte não tenham perdido tanto em termos de faturamento, é necessária uma atenção especial por parte dos planejadores públicos para esse tipo de empresas visando manter a dinâmica do mercado e trabalho”, destaca o estudo, assinado pela prof. Dr. Augusta Pelinski Raiher.

Faturamento

Entre as empresas de Arapoti que responderam a pesquisa, a perda média de faturamento durante o período de isolamento social foi de 50%, chegando a 60% entre os estabelecimentos que ofertam serviços considerados não essenciais e 34% entre os essenciais. Os MEIs foram os que mais sofreram perdas financeiras: a maioria teve uma queda de 60% ou mais do seu faturamento, com média de -55%. Nos demais portes as reduções foram de 47% para microempresas, 46% para as empresas de pequeno porte, 10% para as de médio porte e 30% para as grandes empresas.

Considerando as áreas das empresas, 50% dos estabelecimentos do agronegócio mantiveram suas receitas, assim como 44% dos estabelecimentos da saúde, dentro outros. Na contramão, com 80% ou mais de queda do seu faturamento, encontram-se todos os estabelecimentos das áreas de transporte de pessoas, educação, evento e Turismo/Hotelaria/Atrativos. Na média, a área de educação perdeu 100% do seu faturamento, seguido de eventos (-91%), transporte de pessoas (-90%) e Turismo/Hotelaria/Atrativos (80%). Portanto, essas áreas foram as mais atingidas, em termos de faturamento pelo distanciamento social.

Mantimento do negócio

A pesquisa questionou quanto tempo o empresário consegue manter o seu negócio, antes de fechá-lo permanentemente, caso se mantenha a pandemia e as medidas de isolamento social e 17,5% afirmaram que não conseguem mais manter seu negócio fechado. Na média, o tempo que empresários conseguem manter o seu negócio, antes de fechá-lo permanentemente, caso se mantenha a pandemia e as medidas de isolamento social, é de aproximadamente três meses.

A pesquisa

A pesquisa foi aplicada de forma online durante o mês de junho e foi respondida por 99 estabelecimentos – considerou-se como proxy para a população o total de estabelecimentos formais (708), trabalhando com um nível de confiança de 90% e margem de erro de 8%. Praticamente todos os principais tipos de segmentos foram atingidos pela amostragem.

O relatório, elaborado pelo Nerepp/UEPG, conta com a parceria da Prefeitura Municipal de Arapoti, Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG) e Sebrae.

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.