em

Incubadora da UTFPR está em busca de projetos inovadores

Com objetivo de apoiar projetos ou empresas com produtos e serviços inovadores de base tecnológica, a Incubadora de Inovações Tecnológicas (IUT) da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) está com seu processo de seleção aberto. As inscrições vão até 10 de outubro próximo.

De acordo com a gestora da incubadora e chefe do Departamento de Apoio a Projetos Tecnológicos da UTFPR, Maria Carolina Oliveira Ribeiro, a IUT apóia os projetos com qualificações, consultorias, mentorias, além do apoio financeiro para eventos e bolsas. Através da incubadora, há empresas atuando no mercado com a venda de produtos diversos. Confira a entrevista.

DIÁRIO – Quantos anos têm a incubadora?

MARIA – A Incubadora de Inovações Tecnológicas da UTFPR (IUT-PG) foi implantada em nosso campus em 2007, mas já existiam atividades anteriormente de empreendedorismo no campus. Todas as ações de empreendedorismo da UTFPR são norteadas pelo Programa de Empreendedorismo e Inovação (Proem) que existem desde 1997 em todo o sistema UTFPR.

DIÁRIO – Qual o objetivo da incubadora?

MARIA – O principal objetivo da incubadora é apoiar projetos ou empresas com produtos e serviços inovadores de base tecnológica. A IUT-PG atua em dois mecanismos principais: o primeiro é o programa de pré-incubação que apoia projetos em fase de ideação. Neste ano de 2018 o programa está sendo realizado em parceria com o Sebrae, sendo nominado de Programa de Pré-Aceleração, nele os participantes são qualificados, mentorados e monitorados quanto ao andamento do projeto. O segundo é o Programa de Incubação que atua atendendo as demandas dos empresários incubados por qualificações e mentorias. Nesta etapa os empresários também são monitorados para que se tenha um acompanhamento das atividades e planejamento de metas.

DIÁRIO – Existe apoio financeiro?

MARIA – A incubadora busca apoiar os projetos e empresas com qualificações, consultorias, mentorias, assessorias e monitoramento, além de apoio financeiro para eventos e bolsas como capital somente para os projetos. A UTFPR possui uma Divisão de Propriedade Intelectual (DIPIN) que está junto com a incubadora, com objetivo de atender a demanda de registro de softwares e depósito de patente dos nossos empreendedores e pesquisadores do campus.

DIÁRIO – Quantos projetos já foram incubados e quantas estão no mercado?

MARIA – Atualmente temos três empresas incubadas sendo elas: NeoOrbit (o produto é um dispositivo que simula rotas ou jogos durante a atividade física em uma bike, desenvolvido pensando na experiência do usuário que gostaria de um tipo de entretenimento durante a pedalada. Já está em fase de validação de mercado e implantação de um estúdio para este tipo de atividade), Mink Cosméticos (possui atualmente dois produtos em seu portfólio, o primeiro é um pó mineral natural que adapta a qualquer cor de pele e o outro é o sabonete em barra também seguindo a linha de produtos naturais, a empresa já está em fase de comercialização e expansão para e-commerce) e Wollen Inovações (o produto é um dispositivo denominada de almofada  dotada de um sistema que estimula a circulação sanguínea de cadeirantes, diminuindo o problema de escaras. Nessa mesma linha já está em fase de depósito de patente um protótipo para pés para portadores de diabetes). Importante ressaltar que a Mink e a Wollen vieram de projetos pré-incubados e depois de um ano se tornaram empresas incubadas. Além das empresas incubadas temos cinco projetos pré-incubados que estão em fase de desenvolvimento da tecnologia (estão em divididos em diversas áreas como sensores para agricultura, alimentos veganos, palataformas educacionais e sistemas voltados para rastreabilidade de problemas da indústria). Como empresa já graduada e estabelecida no mercado e como case de sucesso, temos a Exa Automação Industrial, que iniciou suas atividades com o desenvolvimento de máquinas para fabricação de hóstias da comunhão e atualmente já produz um processo contínuo para este produto.

DIÁRIO – A incubadora está com processo de seleção aberto. Como funciona?

MARIA – O processo de seleção para entrada na incubadora denominado de start-ut, tanto para o processo de pré-incubação e incubação, está aberto desde o dia 17 de setembro e vai até 10 de outubro, todas as informações estão disponíveis na página da incubadora pg.utfpr.edu.br/incubadora/ ou em nossa fanpage incubadora de inovações da UTFPR PG. As inscrições são feitas eletronicamente, assim como o envio dos documentos exigidos.

DIÁRIO – Como é dividido o processo de seleção?

MARIA – O processo é dividido em três etapas sendo a 1ª etapa (eliminatória) análise da entrega de documentos obrigatórios, 2ª etapa (eliminatória) análise técnica dos documentos (pré-incubação: vídeo pitch e modelo de negócios) e incubação (plano de negócios), destaco que todos os documentos possuem templates no próprio edital e a 3ª etapa (classificatória) é a apresentação de um pitch para uma banca, esta banca é externa composta por empresários parceiros e vários atores do ecossistema de inovação local.

DIÁRIO – Quem pode participar da incubadora, somente alunos da UTFPR?

MARIA – Para o programa de pré-incubação é necessário um orientador que seja servidor da UTFPR e pelo menos um membro da equipe seja aluno ou egresso da UTFPR. Para o processo de incubação não necessita ter vínculo com a UTFPR. Todos os projetos e empresas participantes da IUT são vinculados pela assinatura de um contrato com a UTFPR.

DIÁRIO – A incubadora conta com o apoio do Sebrae? De que forma?

MARIA – Sim, o Sebrae é o principal parceiro da IUT-PG atuando como apoiador de nossas ações internas e externas, assim como trazendo profissionais de diversas áreas de outros ambientes de inovação para capacitar nossos empreendedores.

DIÁRIO – A incubadora gera negócios a nível nacional? Explique?

MARIA – Sim, é o caso da Exa Automação Industrial que atende clientes em todo o Brasil assim como a Mink Cosméticos que já está comercializando fora de PG por vendas diretas e agora com a plataforma de e-commerce.

DIÁRIO – A incubadora é uma qualificadora?

MARIA – Além da geração de negócios que auxiliam no desenvolvimento local, a incubadora desempenha um papel de fortalecedor da cultura empreendedora. Pois, ao qualificar estas pessoas, este conhecimento de gestão, finanças, mercado, tecnologias e atitudes empreendedoras será levado para sua vida profissional, mesmo que seus empreendimentos na IUT não tenham êxito.

 

 

 

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.