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Indefinição marca cenário político brasileiro 

Ainda em meio a uma grande crise política que segue desde 2014, o Brasil começa 2018 de olho na eleições estaduais e presidencial. A esperança é que os novos governantes escolhidos ajudem o Brasil a encontrar uma saída ao cenário de insegurança instalado. No entanto, e talvez justamente devido à situação, o fato de o eleitor ir às urnas, não significa necessariamente uma 'luz no fim do túnel'. 
Isso porque, conforme explica o diretor do Instituto Paraná Pesquisas e analista político, Murilo Hidalgo, pelo menos neste primeiro momento, o cenário político brasileiro é marcado por grande indefinição. “Somente a partir de abril é que teremos um cenário mais definido”, explica. Conforme ele, isso se dá pelo fato de que 7 de abril é o prazo para as filiações partidárias e desincompatibilização – ou seja, o ato pelo qual o candidato é obrigado a se afastar de certas funções, cargos ou empregos, na administração pública, direta ou indireta, para poder estar apto a disputar as eleições. “Até lá, são várias alternativas. Por exemplo, em âmbito nacional fica a expectativa de que Joaquim Barbosa [ex-ministro] se filie ou não”, aponta. 

Estadual
O cenário não é menos nebuloso em âmbito estadual. “No Paraná, também, apenas em abril é que o cenário vai se desenhar melhor, porque até lá o governador Beto Richa [PSDB] decide se sai para candidatar-se ao Senado. Ou seja, o jogo está completamente aberto até abril. E será assim no Brasil inteiro porque o jogo nacional depende muito do jogo local”, expõe.

Fator 'Lula' 
Na opinião de Hidalgo, está claro que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não conseguirá ser candidato a presidente. No entanto, mesmo assim, ele pode ser decisivo para o resultado nas urnas. “Tudo depende de quem ele apoiará. A partir daí o cenário fica mais nítido”, aponta. 
No dia 24 de janeiro, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) confirmou a condenação de Lula na ação penal envolvendo o tríplex no Guarujá (SP) e aumentou a pena do ex-presidente para 12 anos e um mês de prisão. Na decisão, seguindo entendimento do STF, os desembargadores entenderam que a execução da pena do ex-presidente deve ocorrer após o esgotamento dos recursos pela segunda instância da Justiça Federal. Com o placar unânime de três votos, cabem somente os chamados embargos de declaração, tipo de recurso que não tem o poder de reformar a decisão, e, dessa forma, se os embargos forem rejeitados, Lula poderia ser preso.
A confirmação da condenação de Lula enquadra ainda o ex-presidente na Lei da Ficha Limpa. E essa condição impede a candidatura dele à presidência da República. Mas, como há recursos, existe um caminho judicial a ser percorrido. O cumprimento da pena também depende de recursos dos advogados.

Indefinição marca cenário político brasileiro (Foto: Divulgação)

 

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