Com um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 14,53 bilhões Ponta Grossa se consolida como a sexta maior economia do Paraná, ultrapassando Foz do Iguaçu e se colocando como a terceira maior cidade do interior do estado. Os dados são relativos a 2017 e foram divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (13). Para se ter ideia, esse valor é maior do que o registrado na soma de todos os municípios do Acre, que foi de R$ 14,27 bilhões no período.
“O interessante na competição dos municípios é que passamos Foz do Iguaçu, que tem a Usina de Itaipu”, destaca o secretário da Fazenda, Cláudio Grokoviski.
Frente a 2016, quando o PIB somava R$ 12,97 bilhões, o crescimento nominal (sem desconto da inflação) foi de 12% – índice maior do que o dobro da soma dos municípios do Paraná (4,8%) e do Brasil (5%). No período, o IPCA teve uma média de 2,95% de inflação.
Com o resultado, Ponta Grossa também passou da 72ª posição brasileira para a 63ª e do 14º maior PIB do Sul do país para o 13º. No Paraná, ficam à frente do principal município dos Campos Gerais apenas Curitiba, São José dos Pinhais, Londrina, Araucária e Maringá, nesta ordem.
“Esse desempenho destaca Ponta Grossa para receber novos investimentos, pois geralmente os empresários procuram as maiores cidades – e, como municípios como Curitiba, Araucária e Londrina já estão ficando saturados, nós entramos no radar”, avalia o secretário municipal de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional, José Loureiro.
PIB per capita
O PIB per capita da cidade praticamente acompanhou o crescimento do total, evoluindo quase 11% ao passar de R$ 38.035,14 em 2016 para R$ 42.208,23 em 2017. Consequentemente, subiu de 69º para 56º no ranking paranaense.
Valor adicionado
O valor adicionado (VA) bruto a preços correntes – o PIB referente apenas aos pagadores do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) – chegou a R$ 12,53 bilhões, 10,62% a mais do que no ano anterior (R$ 11,33 bilhões).
Do total, R$ 6,16 bilhões são referentes ao setor de serviços, R$ 4,6 bilhões à indústria, R$ 1,47 bilhão administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social e R$ 291,19 milhões referentes à agropecuária.
O secretário da Fazenda, Cláudio Grokoviski, destaca o crescimento uníssono de todas as atividades econômicas. “O setor que mais cresceu foi a indústria, mas podemos perceber que os outros também evoluíram – não na mesma proporção, mas juntos”, ressalta ele.
Indústria
A indústria foi o setor responsável por puxar a alta do PIB ponta-grossense em 2017. Passando de R$ 3,94 bilhões para R$ 6,16 bilhões, o valor adicionado do segmento subiu 16,8% nominais em apenas um ano. Apesar do grande aumento, a cidade não escalou nenhuma colocação, mantendo-se em 49ª no Brasil e 5ª no Paraná – atrás de Curitiba, Araucária, Foz do Iguaçu e São José dos Pinhais, nesta ordem.
“Ponta Grossa está vivendo um intenso ciclo de industrialização nesta década. A maioria das grandes fábricas que se instalaram na cidade começou e produzir e gerar riquezas em 2016 e a tendência é de que nos próximos anos o índice industrial aumente ainda mais considerando os novos investimentos realizados e os que já estão confirmados”, analisa o secretário municipal José Loureiro.
Serviços
Os serviços são a atividade que mais rende riquezas ao município. Responsável por 49% do valor adicionado bruto ponta-grossense, o setor acumulou a geração de mais de R$ 6,16 bilhões, 7% a mais do que no ano anterior quando somava quase R$ 5,76 bilhões. Com o resultado, Ponta Grossa avança como a 73ª maior cidade em termos de serviços entre os 5.570 municípios brasileiros (duas posições a mais do que em 2016) e ocupa a 6ª posição entre os municípios paranaenses. Na ordem, estão Curitiba, Londrina, Maringá, São José dos Pinhais e Foz do Iguaçu.
O IBGE considera as atividades administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social como uma categoria separada, denominada “Demais serviços”. Nela, Ponta Grossa ultrapassa Foz do Iguaçu com o seu valor adicionado de R$ 1,47 bilhão, 8,6% a mais do que no ano anterior, e também sobe posições no ranking brasileiro, da 79ª para a 76ª colocação, mantendo-se na quinta posição paranaense – assim como em 2016.
Agropecuária
No valor adicionado da agropecuária a principal cidade dos Campos Gerais perde um pouco do destaque estadual, ainda que permanecendo na 14ª posição entre os 399 municípios do estado. Em 2017 o campo da cidade produziu R$ 291,19 milhões, 7,2% a mais do que em 2016 (R$ 271,6 milhões).
Passam à sua frente, em ordem, Toledo, Cascavel, Castro, Tibagi, Palmeira, Prudentópolis, São José dos Pinhais, Paranavaí, Irati, São João do Triunfo, Guarapuava, São Mateus do Sul e Assis Chateaubriand.
Apenas o setor industrial cresceu 16,8% em um ano (Foto: Arquivo DC)
Município Valor do PIB (2017) Variação
Ponta Grossa 14.533.644.790 12%
Telêmaco Borba 3.836.532.440 13,20%
Castro 2.658.988.600 6,10%
Irati 1.794.165,28 0,14%
Ortigueira 1.782.461.160 46,30%
Palmeira 1.431.277.400 10,70%
Jaguariaíva 1.422.342.820 2,30%
Carambeí 1.284.426.850 -1,80%
Prudentópolis 1.172.167.820 11%
Arapoti 1.090.916.450 4,80%
Tibagi 871.231.560 -1,80%
Imbituva 830.628.030 14,70%
Piraí do Sul 804.951.410 17,20%
Reserva 551.871.980 -3%
Sengés 517.899.240 15,00%
São João do Triunfo 507.744.910 11%
Ipiranga 475.890.860 20,30%
Ivaí 380.669.110 34,30%
Teixeira Soares 346.580.900 5,60%
Guamiranga 267.552.530 38,90%
Ventania 222.376.420 -5,10%
Imbaú 213.393.680 4,20%
Porto Amazonas 120.304.490 7,80%