As instalações do Instituto Médico Legal de Ponta Grossa devem ser transferidas para um espaço provisório dentro de, aproximadamente, 15 dias. Essa é a previsão da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), que iniciou nessa quarta-feira (20) a colocação dos contêineres que servirão para abrigar a estrutura e as equipes. O IML será realocado em duas áreas junto do Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais (HU), durante o período em que a atual sede, no bairro Nova Rússia, passará por melhorias estruturais.
De acordo com a administração do HU, o IML está sendo instalado em dois contêineres nas imediações do estacionamento da direção e outros três na área destinada a ambulâncias, que servirão para os trabalhos administrativos. Os dois primeiros possuem refrigeração, e servirão para o trabalho do médico legista e equipes que atuam diretamente com os corpos, enquanto que os outros três serão destinados a atividades burocráticas e atendimento à comunidade.
A equipe de engenharia do HU recebeu a informação de que essa instalação pode demorar um pouco mais, cerca de três semanas, considerando que será preciso realizar todas as ligações elétricas e hidráulicas, além de reformas e transferência de materiais do prédio atual para os contêineres.
A Prefeitura de Ponta Grossa chegou a propor a cessão de um imóvel anexo ao Hospital São Camilo para abrigar, temporariamente, o IML. No entanto, não ficou nada acertado em definitivo. Ao final, o terreno do HU se mostrou adequado para abrigar o órgão temporariamente.
Imóvel em risco
Em fevereiro, o DC publicou reportagem exclusiva destacando que uma avaliação preliminar apontou riscos estruturais no edifício atual do IML, onde também funciona a seção de Criminalística. O motivo era a movimentação do solo, provavelmente decorrente de infiltração após período de intensas chuvas. Há tempos o muro do imóvel, que fica abaixo do nível do prédio, na Rua Visconde de Itaboraí, demonstra inclinação. No dia 10 de janeiro, a Defesa Civil do município chegou a interditar o local para passagem de veículos. Além da necessidade de demolição e reconstrução do muro, uma obra de canalização de esgoto também estava em andamento nos últimos meses.