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Comitê da Soja comemora 10 anos de alta produtividade no campo

Na expectativa para a divulgação dos números finais da safra 2017/2018 de soja, o aumento da produtividade já pode ser comemorado pelos sojicultores, que, ano após ano, inscreveram áreas de cultivo no Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja, promovido há 10 anos pelo Comitê Estratégico Soja Brasil, (CESB). Nesse período, os vencedores do Desafio registraram um recorde atrás do outro, demonstrando a capacidade de difusão do conhecimento tecnológico que fez com que a produtividade em áreas auditadas saísse de 82,8 sc/ha na safra 2008/2009, para 149,08 sc/ha, em 2017/2018.

Comparando os dois resultados, a evolução da produtividade alcançada pelos campeões do CESB está na casa de 80%, e o número de áreas dedicadas ao Desafio demonstra que o interesse do produtor aumenta a cada ano e que ainda existem ganhos a serem alcançados. "Conseguimos mostrar que é possível produzir mais, com maior eficiência. Isso fixa a família do produtor no campo e gerar mais alimento no mesmo espaço, já que diminui a abertura de novas áreas", comenta o presidente do Comitê Nery Ribas.

Após uma década, a evolução do interesse do sojicultor no evento também pode ser demonstrada pelo número de inscritos no Desafio. Na primeira edição, foram 140 participantes; no ano passado, mais de 5 mil produtores de soja se inscreveram. Isso possibilita ao Comitê o acesso direto a 10% da área plantada de soja no Brasil. A expectativa é que o número de inscritos nesta safra de 2017/2018 seja ainda maior. No ano passado, o evento recebeu inscrições de 14 estados, 642 municípios e mais de 5 mil produtores.

(Foto: Divulgação)

Surgimento

No final da década passada, um grupo de profissionais ligados ao agronegócio percebeu a necessidade de criar um local onde ideias, tecnologias e novas práticas se tornassem o combustível para aumentar a média de produção de soja, que na época girava em torna de 40 sc/ha. "A criação do CESB reuniu engenheiros agrônomos, profissionais do setor da tecnologia, finanças e administrativas, que começaram a enxergar que o compartilhamento de informações aumentaria a produtividade sem que novas áreas de cultivo fossem abertas", explica Luis Antônio da Silva, diretor executivo da entidade.

Atualmente, o comitê tem 15 membros e 18 patrocinadores, que, alinhados a uma política de inovação e difusão de conhecimento, tornaram-se referência na América do Sul. A entidade tem uma cadeira fixa na Câmara Setorial da Soja em Brasília, além de promover fóruns regionais que ajudam na disseminação das informações. O CESB também apoia e participa de simpósios e eventos ligados à difusão do conhecimento adquirido ao longo de 10 anos de atuação.

 

Laboratório

"O CESB nasceu para entender por que existem no país alguns produtores que conseguem ter boa produtividade e outros não. O Desafio é um marco para o sojicultor, pois o evento se tornou um espaço de troca de experiências, para o Brasil e para o mundo", explica Nery. O campeão do CESB realiza viagens técnicas internacionais, principalmente para EUA e Argentina, considerados ao lado do Brasil, os principais produtores de soja do mundo.

O Desafio de Máxima Produtividade estimula os produtores a usar a área inscrita como um grande laboratório, onde os resultados e as tecnologias empregados podem se tornar viáveis economicamente e utilizados nas áreas comerciais de produção. "O Desafio nasceu como uma fonte de inspiração para todos os sojicultores do Brasil. Nosso propulsor é a demanda crescente por alimentos no planeta. Ano a ano, os produtores rompem patamares de produtividade, o que demonstra que a rede de conhecimento estabelecida no prêmio é muito significativa", comenta o presidente do CESB, Nery Ribas.

Os produtores que se inscreveram no prêmio estão divididos em duas categorias: produção em áreas irrigadas e não irrigadas. A partir da primeira quinzena de fevereiro, o Comitê dará início às auditorias. A premiação do Desafio será realizada pelo CESB no mês de junho.

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