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Internet é o meio preferido do brasileiro para se inteirar sobre as eleições

Levantamento do Paraná Pesquisas revela que a internet é o meio de comunicação preferido dos brasileiros para se informar sobre as eleições deste ano. Segundo a pesquisa, divulgada nesta quarta-feira (1), 42,5% dos entrevistados disseram preferir a internet e as mídias sociais. A televisão aparece em segundo lugar na preferência dos eleitores, com 36,7%, seguida pelos jornais impressos, com 6,3% e pelo rádio, com 5,6%. As informações são de Kelli Kadanus na Gazeta do Povo.

A influência da internet, porém, muda de acordo com a faixa etária do eleitorado. A internet e as mídias sociais são mais importantes para jovens entre 16 e 34 anos, correspondendo a 49% da preferência desse eleitor na hora de buscar informações. Esse percentual cai para 44% na faixa etária dos 35 aos 44 anos; para 39% entre 45 e 59 anos; e para 32% para eleitores acima de 60 anos.

Já com a preferência pela televisão ocorre o contrário: eleitores mais velhos tendem a preferir a TV à internet. É o caso de 44% dos eleitores acima dos 60 anos. A proporção vai caindo conforme a faixa etária, até chegar aos 35% entre os jovens de 16 a 24 anos.

Para o professor de opinião pública da PUC-PR, Marcos Zablonsky, entre as mídias sociais, o destaque é o WhatsApp. “As pessoas compartilham muitas coisas e compartilham em grupos. Esses grupos é que são os grandes formadores de opinião ou disseminador de determinadas informações”, destaca.

Para o professor, os candidatos que já se posicionam nas mídias sociais há mais tempo tendem a ter uma vantagem sobre os demais na busca por eleitores e engajamento. “Quem vai se dar muito bem é quem já vem fazendo um bom trabalho nas redes sociais”, aposta. “Quem já tem um histórico anterior [de interação] sai bem na frente”, garante Zablonsky.

Recentemente, o Facebook fez alterações nos algoritmos e diminuiu o alcance de páginas de políticos e veículos de comunicação. Postagens pessoais dos usuários têm sido melhor distribuídas na rede social. O impacto foi sentido pelos candidatos. O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) admitiu que suas postagens no Facebook têm gerado menos engajamento depois da mudança.

Não dá para subestimar mídias tradicionais

O levantamento pode soar como um alívio para candidatos que estão com dificuldades para formar coligações para a eleição presidencial que garantam maior tempo de TV e rádio no horário eleitoral, mas ainda é cedo para ignorar a influência dos meios de massa. Com exceção de Geraldo Alckmin (PSDB), que garantiu um tempo de TV significativo ao se coligar com partidos do Centrão, os principais candidatos estão com dificuldades para fechar alianças e podem acabar indo sozinhos para a disputa.

Caso não consiga fechar alianças, Jair Bolsonaro terá cerca de 8 segundos em cada bloco do horário eleitoral gratuito no rádio e na TV. Marina Silva (Rede), que por enquanto também está isolada, teria cerca de 9 segundos. Já Ciro Gomes (PDT), ficaria com cerca de 36 segundos se não formar coligação com outros partidos.

Para Zablonsky, é um erro subestimar a influência da TV no processo eleitoral. “As inserções vão ter um valor bastante significativo. Digamos que eu não assisto ao horário político eleitoral, mas eu assisto a programação e durante a programação vai ter essas inserções”, explica.

O professor ressalta que, apesar de o rádio estar em último lugar no levantamento do Paraná Pesquisas, ainda é um meio de comunicação com influência significativa para a população. “O rádio tem uma característica interessante porque é um lugar onde tem muita entrevista, debate, discussão. Eu vejo o rádio ainda fazendo companhia para muita gente, ou dentro do carro, ou no dia a dia das pessoas”, diz.

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