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Investimento de R$ 2 bi em energia é iniciado em PG

Foram iniciadas as obras civis do Projeto Gralha Azul, que contempla a melhoria da oferta e qualidade de energia para a região Centro-Sul do Paraná. Avaliado em aproximadamente R$ 2 bilhões, o pacote inclui a construção de cinco novas subestações, cinco ampliações de subestações já existentes e quinze linhas de transmissão, que totalizam mil quilômetros em 27 municípios do estado.

A Engie Brazil foi a empresa vencedora do leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e é a responsável pelo projeto. Uma comitiva de técnicos esteve em Ponta Grossa na última quinta-feira (24) para a entrega de mais uma licença de instalação feita pelo governador Ratinho Junior durante a Feira Paraná. “Em agosto recebemos a licença da subestação de Ponta Grossa, que é o coração do sistema e interliga todas as linhas, em setembro iniciamos as suas obras e agora recebemos a licença do primeiro conjunto de linhas, que são prioritárias e representam um terço do comprimento total do projeto”, destacou o gerente do projeto, Márcio Daian Neves, em visita à redação do DC.

Segundo ele, as obras civis da subestação devem ser finalizadas ainda neste ano para que em janeiro seja iniciada a montagem eletromecânica dos equipamentos. “Esta é uma subestação muito grande, e por dar condição para o escoamento de todas as linhas foi a primeira a ser iniciada. Com essa mobilização concluída neste ano, entre janeiro e março devemos iniciar as linhas de transmissão e as outras obras em subestações”, disse o gerente em entrevista ao DC.

A previsão é de que todo o sistema entre em operação no máximo até setembro de 2021. “Iniciamos três meses antes do previsto, então pode ser que a partir de julho já comecemos a operação escalonada. Uma vez que o sistema de transmissão estiver concluído a Copel deve interconectar suas linhas a ele, fazendo com que a energia seja melhor distribuída para a região”, explicou Neves.

Necessidade

Para o gerente do projeto, o sistema vem de encontro à uma necessidade da região. “O objetivo é melhorar a oferta e qualidade de energia para o Centro-Sul do estado. O projeto é oriundo de estudo da empresa de pesquisa energética do governo que estuda carências; aqui existe um buraco de transmissão que dificulta o escoamento, por exemplo: toda a geração da usina de Itaipu vai para São Paulo e depois volta para o Paraná; mas o projeto interligará Ponta Grossa a Ivaiporã – onde passa a principal linha Itaipu-SP – e trará essa energia para a subestação da cidade, de onde sairá uma série de outras linhas permitindo uma capilaridade”, apontou Márcio Daian Neves, destacando que por conta desta atual carência o agronegócio e a indústria têm sofrido oscilações que devem ser resolvidas com o sistema em operação.

Traçado das linhas de transmissão. vermelho: 525 kV azul: 230 kV (Foto: Reprodução/Engie)

Impactos

O projeto total prevê investimentos de R$ 2 bilhões, sendo cerca de meio bilhão apenas para a subestação de Ponta Grossa. A Engie contratou a Tabocas – empresa de Minas Gerais especializada no segmento – para a montagem das torres e calcula que aproximadamente 3,6 mil empregos diretos devem ser gerados durante o período, além de outros 1,4 mil indiretos.

Também são previstos outros R$ 2 milhões de investimentos para projetos socioambientais. “Temos duas usinas hidrelétricas no Paraná, de Salto Santiago e Salto Osório [no oeste], e lá temos parques ambientais e centros de cultura que foram desenvolvidos ao longo do projeto – e aqui também deveremos ter projetos similares”, contou Neves.

Sobre a negociação fundiária, o gerente afirma que ela já está praticamente concluída. “As linhas vão passar por 2.278 propriedades, e em cerca de 70% conseguimos uma negocioação amigável”, ressalta.

Obras civis já iniciaram; projeto deve entrar em operação no segundo semestre de 2021 (Foto: Divulgação/Engie)

Programa Paraná Trifásico investirá na energia rural

Paralelamente ao Gralha Azul, o Governo do Estado e a Copel lança nesta terça-feira (29) o Programa Paraná Trifásico, que vai investir R$ 2,1 bilhões para renovar a espinha dorsal da rede de distribuição no campo em cinco anos. O DC já havia adiantado a criação do projeto em junho, quando o governador Ratinho Jr. esteve na Digital Agro, em Carambeí, e revelou a informação em entrevista à reportagem do Diário dos Campos. Ao todo, serão 25 mil quilômetros de redes monofásicas transformadas em trifásicas. A cerimônia de lançamento acontece às 10 horas no Palácio Iguaçu, em Curitiba.

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