em

Lideranças criticam mudança de zona industrial para residencial 

Uma mudança na lei de zoneamento de uso e ocupação de solo que tem gerado insatisfação de lideranças do setor industrial de Ponta Grossa é referente à publicação, no Diário Oficial do Município, na edição de segunda-feira (1°) da lei 13.726/20. Fruto do projeto de lei 80/20, de autoria do Poder Executivo e aprovado pela Câmara, a lei promove a inclusão de áreas das proximidades da Avenida Tocantins, situadas no Horto Florestal do Cará-Cará,  do zoneamento industrial para zona residencial (ZR-2). 
Guilherme de Figueiredo, integrante do Núcleo do Distrito Industrial (NDI), ligado à Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossas (Acipg); membro da Comissão de Desenvolvimento Industrial (Codesi) e diretor da empresa Agrocete – instalada no distrito industrial -, destaca que Ponta Grossa é uma das cidades que melhor conseguiu organizar o setor industrial, mantendo maior parte dele afastado do centro urbano e das residências. “Isso torna o setor competitivo para atração de novos investimentos e para as indústrias locais. Se perder esta característica de parte da cidade, automaticamente coloca-se em risco a segurança das indústrias e das pessoas que vão viver em torno, podendo trazer um problema social gigantesco”, avalia, acrescentando que o setor sul da cidade deve ser preservado para este fim. 
Conforme o coordenador do NDI, Otto Ferreira Neto, a situação daquela área foi enquadrada como zona industrial pela criticidade dos riscos avaliados pelas indústrias ali instaladas e em operação, e pelo grau individual e coletivo dos riscos, sendo determinada como “área de amortecimento para segurança do entorno”, como previsto no Plano Diretor para segurança da população. “Entendemos que devemos ter um olhar para o futuro e desde já, fazer com que o crescimento traga segurança e preservação das pessoas”.  
O presidente do Iplan e integrante do Conselho da Cidade, Ciro Ribas, aponta, por outro lado, que a mudança não afeta as atividades desenvolvidas no Distrito Industrial. “Como a realização de audiências públicas e o debate do Plano Diretor por parte do Legislativo foi comprometido por conta da pandemia de covid-19, estamos encaminhando algumas propostas, porque não podemos travar os investimentos na cidade”, cita, reforçando que a maioria das propostas de alterações são pontuais e estão em consonância com o Plano Diretor que tramita na Câmara. 

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.