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Mães reivindicam sala de vacinação em unidade do ‘Gralha Azul’

Mães e moradoras dos conjuntos habitacionais localizados próximo do Centro de Eventos de Ponta Grossa se reuniram nesta semana para reivindicar a implantação de uma sala de vacinação na Unidade Básica de Saúde Alfredo Levandovski, localizada na região do Núcleo Gralha Azul.

O posto foi inaugurado há cerca de dois anos atrás para atender as cinco comunidades da região, no entanto, segundo as mulheres, não conta com uma estrutura adequada para aplicar doses de vacina nas crianças.

"Tenho dois filhos: um de nove anos e outro de apenas um ano. Preciso levá-los até a unidade do bairro Santa Paula ou Santa Terezinha para tomar a vacina. Por sorte, tenho veículo, mas existem muitas mães aqui na região que não têm nem dinheiro para o ônibus e precisam ir a pé", disse Jocélia Moura da Silva, moradora do Jardim Itapoá.

"Minha filha está com apenas um ano e estou grávida de oito meses. Dependo de ônibus para ir até estas duas unidades. E se você não chega no horário, ainda corre o risco de perder a viagem", comentou a mãe Ana Graziele de Matos Santos.

Para Regiane de Queiróz a situação é ainda mais preocupante. Mãe de três filhos de 13, três anos e um bebê de dois meses, ela relata que não tem dinheiro para pagar o ônibus e anda por cerca de 45 minutos com os filhos até chegar nas unidades que oferecem vacinas. "Quando o meu marido me leva é uma benção, mas na maioria das vezes eu vou caminhando", lamentou.

Recentemente, de acordo com as mães, um bebê chegou ao posto de saúde do 'Santa Terezinha' com insolação. "Foi na semana passada. Estava muito calor e a mãe subiu a pé e cobriu o rosto da criança para protegê-la. Mas, quando chegou lá na unidade, estava com bolhas no corpo", lembrou Márcia Ávila, moradora da região.

Prazos

A reportagem do DC procurou a Secretaria Municipal de Saúde para esclarecer a situação. Em nota, a assessoria da pasta informou que Ponta Grossa conta com 24 salas de vacinação disponíveis. Mas, segundo a Prefeitura, há previsão da implantação de uma sala própria na unidade Alfredo Levvandovski no segundo semestre do próximo ano.

Regiane precisa caminhar 45 minutos com os dois filhos até outra unidade. (Foto: Daniel Calvo)

 

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