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Mais um fim de semana sem jogo no certame profissional de futebol

Para os profissionais do rádio esportivo, que narram as partidas e levam a informação para o público, a falta dos jogos e a escassez das notícias vem se tornando um grande problema nesse período de pandemia causada pelo novo coronavírus. O Diário dos Campos conversou com algumas dessas personalidades que fazem o futebol local para saber como está o dia a dia deles, sem jogos oficiais desde o último dia 15 de março.

Para o narrador esportivo Joel Brasília, de 60 anos, que trabalhou nas rádios MZ, Central, CBN e atualmente na Difusora, o momento é de apreensão e disse nunca ter passado por situação parecida em 32 anos na função.

Único narrador que acompanhou todos os jogos do Fantasma desde a volta do clube ao certame, em 2004, após ficar dez anos com portões fechados, Joel  também sente falta do trabalho nos dias de jogos, restando agora apenas comandar os trabalhos diários com revezamento na rádio. “A narração dos jogos faz parte da minha vida e a situação como se apresenta é algo incomum e melancólico. Pior é que não sabemos até onde isso vai parar, nunca havia passado por algo semelhante. Estamos ficando sem a emoção do futebol”, concluiu Joel Brasília, que destaca o maior momento da sua carreira a narração do título nacional da Série C do Operário Ferroviário, em 2018, contra o Cuiabá, na Arena Pantanal. “Foi coisa de outro mundo”, concluiu.

Já o comentarista Diomar Guimarães, de 59 anos e 35 anos de rádio, entende que a situação é inédita e de precaução.  “É algo muito difícil. Sabemos da necessidade de ficar em casa e tudo mais. Mas a saudade dos jogos é grande, enfim, com os jogos do Operário com o estádio cheio. A falta disso, o isolamento e a falta de notícias estão deixando todo mundo deprimido. Esperamos com ansiedade que as coisas possam voltar ao normal logo, para vivermos as grandes emoções, como no título do Paranaense do Operário, em 2015 ”, disse Diomar que começou a carreira aos 16 anos narrando corridas de cavalo no Jockey Club de Ponta Grossa e já atuou em todas as rádios de Ponta Grossa. Hoje, além de comentar jogos do Operário Ferroviário por algumas delas, também é editor responsável pela revista O Fantasma em Destaque.

Para os mais jovens a situação não é diferente. “Estamos sem jogos e sem chão. A falta das partidas é algo que quebrou a rotina, principalmente nos fins de semana. A CBF estipulou uma possível volta das atividades para o mês de maio, mas não se pode afirmar nada. O jeito é se cuidar, trabalhar em casa e esperar por dias melhores”, disse Eduardo Taques Guimarães, conhecido como Dudu, de 39 anos e que atua há 16 anos como repórter de campo.

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