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“Manterei posição firme, defendendo quem mais precisa”, destaca Aliel 

Nas eleições de 7 de outubro, o ponta-grossense Aliel Machado (PSB) foi eleito para um novo mandato como deputado federal. Com pouco mais de 95 mil votos conquistados, cerca de 12 mil a mais que os obtidos em 2014, quando concorreu pela primeira vez ao cargo, Aliel comemora o desempenho nas eleições. Aos 29 anos, Aliel já foi vereador de Ponta Grossa – sendo eleito presidente da Câmara – e em 2016 disputou a eleição para prefeito da cidade, perdendo no segundo turno. 
Em entrevista ao Diário dos Campos, Aliel faz um balanço do primeiro mandato na Câmara Federal e destaca que, neste segundo mandato, tentará aprovar no Congresso projetos de sua autoria que já foram apresentados e que deve manter a coerência em seu debate e votações. Ele ainda fala sobre as expectativas para os próximos anos. "Temos na disputa pela presidência dois candidatos de extremos e acho que o extremo nunca é bom para o país", frisa. Confira trechos da entrevista. 

Votação obtida nestas eleições 
"Fiquei muito feliz com o número de votos que conquistei, principalmente levando em conta o atual momento do país. Acredito que a reeleição, com aumento da votação, se deve à minha atuação parlamentar. Fui o segundo mais votado em Ponta Grossa e conquistei votos em regiões importantes do estado. O sentimento que tenho é de gratidão, pois amo minha cidade e o meu estado". 

Avaliação do mandato 
"Foi um mandato muito difícil, marcado por divisão política, em que a disputa partidária e por poder prejudicou a governabilidade do país. Além disso, tivemos um processo de impeachment que trouxe consequências gravíssimas, já que o governo Temer foi marcado pela retirada de direitos. Mas, em meio a tantas dificuldades, cumpri o meu propósito, que foi a defesa daqueles que mais precisam; defendi a região em todos os sentidos
Anunciamos a tragédia que seria o aumento dos combustíveis e, neste sentido, conquistamos vitória liminar em primeira instância, mas o processo ainda não se encerrou. O preço dos combustíveis foi uma demanda muito importante e que acabou explodindo com a greve dos caminhoneiros. 
Além disso, junto com [Alessandro] Molon  e Randolfe [Rodrigues], impetramos ação na justiça questionando portaria que estabelecia novas regras para identificação do trabalho escravo, e, felizmente, a justiça entendeu que prejudicaria os trabalhadores brasileiros e a portaria foi  suspensa". 

Propostas defendidas
"Fui relator da comissão responsável por rever e apresentar mudanças nas medidas educativas do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), um dos maiores desafios do mandato. Durante um ano e meio a proposta foi debatida e estudada, visitei diversas cidades brasileiras para conversar com lideranças, conhecer melhor a realidade do país para que pudéssemos finalizar o relatório. Agora, o projeto está apto a ser votado, com correções importantes e que será uma grande contribuição para o país. 
No que diz respeito a projetos, apresentei mais de cem propostas, entre projetos de lei, requerimentos e emendas. Fui o deputado que mais apresentou ações e propostas ligadas à transparência e combate à corrupção. Entre eles, o projeto de lei que proíbe nomeação retroativa em órgãos públicos; que obriga o rastreamento de veículos públicos; que torna ficha suja quem agride mulher; além de projetos ligados à preservação ambiental, com utilização de energias renováveis. Eleito para um novo mandato, terei esforço muito grande para que estas propostas sejam aprovadas no Congresso e virem lei em âmbito nacional". 

Recursos 
"Fui o deputado federal que mais recursos de emendas individuais trouxe para Ponta Grossa, em todas as áreas. São obras acontecendo em Ponta Grossa, das quais destaco em especial a maternidade pública, que está em construção. Além disso, viabilizei recursos para todos os municípios dos Campos Gerais, sempre baseado no diálogo com a população e de acordo com as necessidades gerais". 

Posicionamento político
"Não mudaria nenhuma das minhas votações. Fui muito atacado politicamente por conta de ser contra o impeachment da presidente Dilma. Quem acompanhou meu trabalho sabe que eu sempre defendi nova eleição, mas achava equívoco a entrada do Temer. E, hoje, o que percebemos é que pagamos uma fatura gravíssima por conta desta decisão. Foi um governo que retirou muitos direitos da população, com aprovação da PEC do teto de gastos; a reforma trabalhista. Mas, fico muito contente porque sempre mantive posição firme diante das pressões, não fui traidor com minhas origens e minha história". 

Relacionamento com governador eleito no PR
"Apoiei e estive mais próximo da governadora Cida Borghetti, mas acredito que o Ratinho Junior apresenta um novo grupo para o Paraná. Tenho crítica porque participou do governo Beto Richa, mas até agora seu nome não apareceu envolvido em escândalo. Espero que ele trate o funcionalismo público com respeito. Me coloco à disposição para o que for necessário e desejo sucesso em sua gestão porque o sucesso dele significa o sucesso dos paranaenses". 

Apoio no segundo turno das eleições presidenciais
"Politicamente me mantive neutro no segundo turno. Mas, individualmente, não concordo com o radicalismo e posições apresentado pelos dois candidatos [Bolsonaro e Haddad]. Acredito que foi muito ruim para o Brasil ter neste segundo turno Bolsonaro e PT, pois vemos uma campanha baseada em ataques, mentiras e isso não é saudável para a democracia. Assim, preferi manter isenção para, independente de quem for o novo presidente, eu tenha liberdade para defender as pessoas que mais precisam". 

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