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Melhora da economia influencia abertura de empresas no PR

Dados divulgados pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI) revelaram que, ainda que em ritmo moderado, a economia do Brasil tende a crescer até 3% em 2018. O Paraná sentiu isso no primeiro trimestre do ano, já que o número de empresas abertas no período, de acordo com o levantamento da Junta Comercial do Paraná (Jucepar), foi de 10.710 novas empresas em todo território estadual. Entre as cidades com números expressivos de empresas abertas de janeiro a março estão Maringá com 730; Londrina, 708; Cascavel, 497; Ponta Grossa, 362 e Foz do Iguaçu 233.

Para o presidente da Jucepar, Ardisson Akel, o número estadual que já supera o dos três primeiros meses do ano passado (são 115 empresas a mais) reforça a retomada de confiança do empresário paranaense. “O país enfrentou anos difíceis para a economia e os números apontam que o jogo começa a virar e os investimentos estão acontecendo. Nossa expectativa para 2018 é que mais pessoas possam deixar a informalidade e ter mais segurança jurídica para desempenhar seus trabalhos”, disse.

Segundo ele, para incentivar a abertura de novas empresas, a Junta Comercial procura reduzir as burocracias e facilitar a vida do empresário. “Implantamos o sistema Empresa Fácil Paraná para permitir que o empresário abra o seu negócio em uma única porta de entrada. No sistema, que é coordenado pela Jucepar, o interessado consegue acompanhar todo o trâmite do seu processo pela internet e não é preciso mais percorrer diferentes órgãos que regulam e licenciam uma empresa, pois eles estão todos integrados ao sistema”, afirma.

Reunir em uma única plataforma os sistemas de diferentes órgãos garante uma maior agilidade do processo. Atualmente, para obter toda a documentação necessária são apenas cinco dias úteis (conforme o tipo de negócio e o número de autorizações que o negócio precise).

“Também percebemos que o Paraná está cada vez mais empreendedor e inventivo. Isso é o que costuma acontecer em períodos de crise: motivados em buscar soluções, muitas pessoas aproveitam o momento para tirar ideias do papel. A nossa dica, no entanto, é muita análise do mercado e oferecer produtos novos ou diferenciais no atendimento. Isso, além de chamar a atenção, fideliza os clientes”, diz o presidente da Jucepar.

Cenário traz oportunidade para investir  

O desenhista industrial, Paulo Zottino, de 28 anos, e mais três amigos aproveitaram o momento para investir no sonho de se tornar os próprios chefes. “Começamos a estudar o mercado de bares e restaurantes, pois percebemos que nos últimos anos o setor começou a crescer muito. Em cada esquina uma novidade e as pessoas sempre gostam do que é novo e também de pagar o justo pelo produto”, afirmou.

Em março, depois de um ano de planejamento e análise de riscos, os sócios abriram a primeira rosbiferia do Brasil em um ponto conhecido de Curitiba. “Nós sabemos que a economia ainda está se recuperando da crise, mas também percebemos que neste ramo é preciso ter ousadia e mostrar um diferencial. Em pouco mais de um mês de funcionamento, já superamos nossa expectativa inicial. Se o ritmo continuar assim, acreditamos que vamos recuperar o investimento muito antes do planejado’, disse Paulo.

O setor de bares e restaurantes foi um dos mais aquecidos no período. Segundo os números da Jucepar, de janeiro até abril, 184 novos empreendimentos do setor foram abertos apenas em Curitiba. O número corresponde a 7% do número total de empresas abertas na capital no período, que teve 2.732 novos negócios abertos.

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